ed. 24 - mar/abr



Editorial
A Terra pede socorro


Sugestão de leitura
O Consolador

Movimento Espírita
Clube dos Amigos do Espiritismo

Movimento Espírita
Ajudem na divulgação do espiritismo

Beneméritos da Humanidade
Anália Franco Bastos - A grande dama da educação brasileira
Lúcia Andrade
Matéria especial
Os atemorizantes finais do mundo
Aldo Colasurdo

Matéria de capa
Espiritismo e Ecologia
Glaucia Savin
Psicologia e espiritismo
Conviver em harmonia com a natureza: um desafio para a humanidade
Sueli Ines Arruda Issa

Entrevista Especial
Entrevista com André Trigueiro

Assuntos em família
Consumismo uma questão de educação - ser e ter
Marcelo Prado

ed. 24 - editorial

A Terra pede socorro
Os espíritos superiores nos ensinam que o planeta Terra é a nossa abençoada morada, escola redentora.
A Terra está em processo de transição, a fim de galgar um degrau na escala evolutiva dos obres: mundo de provas e expiações para mundo de regeneração.
A modificação é do ponto de vista moral, predominância do bem sobre o mal, vivência do amor ensinado por Jesus.
Todavia, as condições de vida física - meio ambiente, natureza, clima, biodiversidade - do mundo de regeneração que está próximo - serão resultantes das atitudes e comportamentos da humanidade que está encarnada atualmente em nosso planeta.
Esta edição do jornal do IEE oferece reflexões importantes sobre esse assunto.
Espiritismo e  Ecologia.
Respeito à natureza e a todos os seres da criação divina.
Consciência ambiental, preservação do planeta e de seus recursos, fundamentais para a manutenção da vida física. 
Nesta edição temos uma novidade: na página 2, introduzimos a seção Movimento Espírita, onde apresentaremos notícias, informações e campanhas que visem à divulgação do espiritismo no Brasil e no mundo.
Veja também as notícias e as atividades disponíveis no IEE, nas páginas 6 e 7 do nosso jornal.
Boa leitura.
A redação.


ed. 24 - sugestão de leitura



Este livro, na forma de perguntas e respostas, é dividido em três partes correspondentes ao tríplice aspecto da doutrina espírita - ciência, filosofia e religião. Sob essa diretrizes aborda vários temas relacionados com a biologia, física, sociologia, química, psicologia e filosofia.
Apresentando o espiritismo, na sua feição de consolador prometido pelo Cristo, três aspectos diferentes: científico, filosófico e religioso.
Qual desses aspectos é o maior?
“Podemos tomar o espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais. A ciência e a filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a religião é o ângulo divino que a liga ao céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por construir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.”
Emmanuel


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ed. 24 - movimento espírita I


Clube Amigos do Espiritismo
TV CEI: Espiritismo 24 horas na sua TV

Colabore com a manutenção do projeto da TV CEI - www.tvcei.com
Associe-se ao clube do espiritismo.
Para que o projeto da TV CEI seja auto-sustentável, é preciso que o clube tenha 5 mil assinaturas.
Mais informações: www.amigosdoespiritismo.com.br


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ed. 24 - movimento espírita II




Ajudem na divulgação do espiritismo 
Seja um sócio contribuinte da F.E.B.
A Federação Espírita Brasileira foi fundada no dia de janeiro de 1884, no Rio de Janeiro, por Augusto Elias da Silva. Entre os seus primeiros dirigentes, destaca-se a figura de Adolfo Bezerra de Menezes, que assumiu a presidência no ano de 1889, e muito colaborou para o estabelecimento do Movimento Espírita brasileiro.
A F.E.B. tem por missão “promover o estudo, a prática e a difusão do Espiritismo com base nas obras da codificação de Allan Kardec e no Evangelho de Jesus, a prática da caridade espiritual, moral, dentro dos princípios espíritas, a união solidária e a unificação do Movimento Espírita, colocando o Espiritismo ao alcance de todos.”
A F.E.B. edita a revista Reformador desde 1883, consolidando-se como um dos 4 periódicos mais antigos do Brasil.
Tem 2 sedes: em Brasília onde funcionam a Administração, Biblioteca com mais de 10 mil volumes, Museu Espírita, atividades de passes, palestras doutrinárias, cursos e grupos de estudo, além de serviço de assistência e promoção social. E a sede do Rio de Janeiro, fundada em 1911, localizada no centro da cidade, que promove atividades doutrinárias e serviços de assistência e promoção social, além de uma livraria.
No Rio de Janeiro funciona também, no bairro de São Cristóvão, o Departamento Editorial e Gráfico. Fundado em 1948 por Wantuil de Freitas, já imprimiu mais de 39 milhões de obras de 160 autores, traduziu dezenas de livros, construiu um catálogo de mais de 500 obras.
A F.E.B. atua na ação federativa, através do Conselho Federativo Nacional (CFN), composto pelas Entidades Federativas Espíritas de todos os estados brasileiros mais o Distrito Federal, visando fortalecer, facilitar, ampliar e aprimorar a ação do Movimento Espírita em sua atividade-fim, que é a promoção do estudo, da difusão, e a prática da Doutrina Espírita. Veja como se associar em: www.febnet.org.br

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ed. 24 - matéria especial


Aldo Colasurdo

Os atemorizantes finais do mundo

Desde os primórdios, o homem se assustava ante os grandes fenômenos naturais, temendo suas terríveis consequências. Os relatos bíblicos já mostravam Noé sendo avisado de uma grande tempestade; temeroso, construiu um grande barco no qual se acomodou e abrigou casais de animais de várias espécies. Acreditava assim, superar a grande calamidade: o fim do mundo. Fatos como esse ganham novas roupagens e continuam a assustar a humanidade enganando-a através dos séculos.
Recentemente, noticiou-se na Terra a eminência de uma tragédia global baseada na interpretação do calendário da nação Asteca, cuja capital Tenochtitlan era no século 15, uma grande cidade do mundo na América Central.
Sua população desenvolvida explorava e escravizava os habitantes de países vizinhos mais atrasados. Possuindo a escrita, seus moradores elaboraram um calendário, que inexplicavelmente terminava em 21 de dezembro de 2012.
Descoberta pelos europeus, o grande Império Asteca foi invadido e dominado por espanhóis, liderados por Cortez, a partir de 1521. Durante vários séculos, seus habitantes foram escravizados e seus livros sagrados lançados ao fogo, impossibilitando a humanidade um maior conhecimento cultural desta nação. Todas suas riquezas foram levadas para a Espanha. Estes fatos representaram para a população da América Central, uma prolongada espécie de “fim do mundo.” Somente em 1821 houve a primeira grande revolta contra o opressor europeu que promoveria a independência do México.
A seguir, os demais países centro-americanos, também foram expulsando o invasor originário da Europa tornando-se também independentes e ampliando o conhecimento mundial a respeito dos moradores das novas nações livres do continente americano.
O término de nosso planeta tem sido objeto de várias interpretações, cheias de fantasias, as quais clamam por melhor entendimento. Já em pleno século 19, no livro A Gênese de Allan Kardec, nos esclarecia que a Terra terá um fim: porém como está longe da perfeição que pode atingir, e da velhice, que seria sinal de declínio, seus habitantes devem estar seguros que tal fim não se dará tão cedo.
Sempre surgem momentos difíceis, causados por fenômenos meteorológicos e naturais mal interpretados ou mesmo desavenças entre nações. Cabe os governantes juntarem seus esforços para manter o mundo progredindo em paz e gerando prosperidade entre todos. Situações imprevistas devem ser analisadas recebendo as devidas correções. Relatos baseados no discutível “fim do mundo” também continuaram a surgir e devem ser considerados úteis criadores de assuntos a serem debatidos em reuniões sociais.

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ed. 24 - Entrevista Especial


Entrevista com
André Trigueiro

Reproduzimos a seguir, trechos da entrevista do jornalista espírita André Trigueiro à revista Reformador, da F.E.B., edição de novembro de 2011, na qual ele fala de seu livro Espiritismo e Ecologia. A íntegra você confere em  www.febnet.org.br.
REFORMADOR: Que destaque você daria em obras de Kardec, com relação ao tema (Espiritismo e Ecologia)?
TRIGUEIRO: A posição assumida pelo espiritismo em favor da vida - condenando o aborto, a eutanásia e o suicídio - alcança também a dimensão planetária na condenação do ecocídio, ou seja, a capacidade de a humanidade realizar escolhas que reduzem nossas possibilidades  de existência nesse plano. Todo o capítulo de o Livro dos Espíritos que versa sobre a Lei de Conservação é um tratado de sustentabilidade. Quando a doutrina estabelece a diferença entre o que é necessário e o que é supérfluo, e nos orienta em relação ao uso inteligente dos recursos naturais, há sinergia absoluta em relação aos modernos relatórios da ONU que condenam os atuais meios de produção e de consumo. Outro tema que nos interessa muito é a influência de nossos sentimentos e pensamentos na qualidade da psicosfera terrena. Temos o poder de influenciar coletivamente a natureza, através de nossas vibrações. A doutrina espírita também reconhece o trabalho dos elementais, seres encarregados de proteger a natureza e sustentar seus processos cíclicos. Outra informação valiosa remente à identificação visceral que temos com a Terra: somos feitos dos mesmos elementos que constituem o planeta, e isso vale para o corpo material ou o perispírito. E o que acontece com a terra, o ar e a água, portanto, fora de nós, reverbera dentro de nós. Estamos todos conectados.
REFORMADOR:  Você relaciona eventuais desrespeitos ao meio ambiente às alterações climáticas?
TRIGUEIRO: O livro traz informações atualizadas sobre a maior crise ambiental da história da humanidade e como somos responsáveis por isso. Na verdade somos parte do problema e devemos ser parte da solução. A crise climática é a mais preocupante e demanda soluções urgentes. Mas nossas atenções devem estar voltadas também para a destruição sistemática da biodiversidade, a produção monumental de lixo, a escassez de recursos hídricos, a transgenia irresponsável, o consumismo desvairado, o crescimento desordenado das cidades e outros problemas que fazem parte do nosso tempo e exigem respostas de nossa parte ainda nesta existência. O espírita está sendo convocado à ação aqui e agora. A maior nação espírita do planeta está situada no único país com nome de árvore, que concentra o maior estoque de água doce (superficial de rio ou subterrânea), a maior quantidade de solo fértil, o maior número de espécies conhecidas e catalogadas. Mera coincidência?
REFORMADOR: Quais ações você recomendaria aos espíritas?
TRIGUEIRO: Precisamos fazer agora tudo o que esteja ao nosso alcance em favor do uso responsável  e ético dos recursos naturais não renováveis do planeta. Muitos espíritas se acomodam pelo fato de o mundo de regeneração estar a caminho. Supõem que não haja o que fazer em relação ao planeta, pois o destino do orbe já está selado. Convém recordar as explicações de Santo Agostinho, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, sobre as diferentes categorias de mundos habitados. Ao explicar o que é mundo de regeneração, Santo Agostinho confirma a condição de orbe mais evoluído ética e moralmente, entretanto, não há qualquer menção às qualidades ambientais deste mundo. Ou seja, podemos deduzir que os suprimentos de água limpa, solo fértil, ar puro, biodiversidade e as condições climáticas serão definidos a partir das escolhas que realizamos agora, e que se persistirmos em não nos modificarmos nesta encarnação (hábitos, comportamentos, estilos de vida e padrões de consumo), poderemos determinar uma situação curiosa num futuro próximo: o planeta cuja vibração se eleva para hospedar uma humanidade mais evoluída ética e moralmente seria o mesmo destroçado ambientalmente. Não merecemos isso. Podemos reduzir drasticamente este risco se fizermos o dever de casa já. Sabendo usar, não vai faltar.
REFORMADOR: Qual sua última mensagem aos leitores?
TRIGUEIRO: Que o mundo será um dia um lugar melhor e mais justo, não há dúvida alguma. A grande questão ainda sem resposta: haverá tempo para que esse mundo melhor e mais justo seja também um mundo ambientalmente saudável e agradável? Depende de nós. Qual a sua escolha?


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