Ed. 02 - Editorial


José Rodrigues Passarinho
Vice-presidente do IEE

Se Deus quiser...


Recentemente, em uma empresa, presenciei o seguinte comentário de um vendedor recém-contratado, que ainda tinha poucas atividades por ser novato: “daqui a pouco estarei cheio de vendas para fazer, se Deus quiser”. Então ele corrigiu: “bem, Deus quer, eu é que preciso fazer a minha parte”. Achei o evento ótimo para iniciar o editorial desta edição, que trata especialmente dos nossos 60 anos de idade.
Com certeza, nossos fundadores iniciaram suas atividades pensando “se Deus quiser, tudo vai dar certo”. E então, parafraseando meu amigo vendedor, Deus quis e ainda quer, mas nós tivemos e ainda temos que fazer a nossa parte.
O IEE, nestas suas seis décadas, passou por momentos gloriosos, mas também enfrentou grandes desafios. Como toda instituição do mundo material. Não é porque estamos em uma casa espírita que teríamos privilégios. Temos que fazer a nossa parte. E é assim mesmo, no plural, no coletivo, “nossa parte”. Trabalhamos sempre em equipe. Uma equipe formada por “gente do lado de cá” e “gente do lado de lá”. E essa “gente do lado de lá” ajuda muito. Inspira, comunica, motiva...
Mas sem a parte da “gente do lado de cá”, não teríamos o Instituto Espírita de Educação. Bem, mas não é assim em toda nossa vida também? Um trabalho de várias equipes, formadas pela nossa família, pelos amigos, por nossos líderes e nossos liderados... E também, tanto do lado de cá quanto do lado de lá?
Pois é, e, além de tudo isso, é preciso fazer mais do que apenas falar. É preciso por a mão na massa.
Aprendi isso com Sr. Ignácio Giovine, um dos fundadores e grande trabalhador do IEE, citado na ótima matéria sobre a história desta casa, com a qual Lúcia Andrade nos brinda nesta edição.
Um dia, recém chegado ao IEE, ele estava cheio de ótimas ideias e algumas críticas. Ele ouviu todo o meu relado de forma muito atenciosa e no fim, respondeu: “concordo com tudo o que você disse. Quero que você coloque tudo isso em prática, mas do começo ao fim. Faça acontecer tudo isso que você me falou aqui”. Claro, era fácil fazer a lista... Mas e para fazer tudo aquilo? Nunca mais esqueci essa lição.
Fácil falar, difícil fazer e, se quiser alguma mudança, seja o promotor dela e não apenas seu “requerente”. Acho que vale para nossa vida pessoal também, não?
Graças a Deus e ao trabalho inspirado de tanta gente que passou pelo IEE, tanto de um lado quanto de outro, muito se fez e muito ainda vai se fazer por aqui.
A todos que já se foram, o muito obrigado de todos nós. Aos que estão chegando, muito bem-vindos e desde já agradecemos também, pois sempre haverá muito o que se fazer.
Afinal, estes são apenas os primeiros 60 anos do IEE.


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