Edição 11 – janeiro e fevereiro 2011

 

capa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capa: Educação Espírita na infância e na juventude
Sandra Dourado

Editorial – Educação
Cláudia Garbini

Por dentro do IEE – A importância das Vibrações
Lúcia Maria Silva de Andrade

Matéria Doutrinária – O Livro dos Médiuns – mediunidade ao alcance de todos.
Glaucia Savin

Aconteceu no IEE

Vai acontecer no IEE

Expediente

Edição 11 – Capa–Educação espírita da infância e da juventude

 

Por Sandra Dourado

“O que uma criança não recebe, ela raramente poderá oferecer mais tarde”
P.D. James

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Equipe de trabalhadores voluntários da atividade de Educação Espírita da Infância e Juventude

O mundo clama por amor.
Vivemos ainda, em uma sociedade que busca o prazer imediato, a satisfação das paixões, a corrida
por riqueza material, a beleza física como meta de felicidade. Com isto passamos valores distorcidos às
crianças, espíritos que nos foram confiados para evoluir, por meio da nossa orientação e amparo.

Comecemos por entender que a felicidade não está distante, nem ao lado, mas dentro de nós,
pois ali foi depositada por Deus, aguardando o momento do despertar de cada ser para sua
essência divina.

A educação se inicia na infância, desde os primeiros momentos do espírito encarnado. E a responsabilidade primeira de educar compete aos pais, que assumiram o compromisso na pátria espiritual não só com a tarefa de dar alimento, lazer, escola, conforto, mas de semear no coração sentimentos e virtudes que os orientarão
e iluminarão os caminhos. Jesus não exige que sejamos pais perfeitos, mas dedicados, não
esmorecendo frente às dificuldades e à sublime tarefa de educar.

Auxiliar os filhos a desenvolver a autoestima – ouvindo, respeitando seus pontos de vista, estabelecendo limites, elogiando no momento
adequado, não fazendo por eles, dando responsabilidades – proporciona a auto-confiança e a
certeza de ser querido.

582. Pode-se considerar como missão a paternidade?
“É, sem contestação possível, uma verdadeira  missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que
envolve, mais do que o pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro. Deus colocou
o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilitou a tarefa
dando àquele uma organização débil e delicada, que o torna propício a todas as impressões.
Muitos há, no entanto, que mais cuidam de aprumar as árvores do seu jardim e de fazê-las dar bons
frutos em abundância, do que de formar o caráter de seu filho. Se este vier a sucumbir por culpa
deles, suportarão os desgostos resultantes dessa queda e partilharão dos sofrimentos do filho na vida
futura, por não terem feito o que lhes estava ao alcance para que ele avançasse na estrada do bem.” (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec)

É justa a preocupação que temos com os filhos em relação aos títulos acadêmicos, a remuneração
profissional, mas torna-se um problema quando damos um valor excessivo, por vezes até obsessivo,
desprezando a formação moral, o aprimoramento dos sentimentos, a reeducação de hábitos
e a formação do caráter. Existe  grande probabilidade de criarmos eres egocêntricos, perfeccionistas, intolerantes, com desajustes sociais
e causadores de desastres morais, quando não os ensinamos a falar de sentimentos, a valorizar o afeto,
a pensar na vida espiritual e a estabelecer contato com Deus, apenas orientando a atingir metas
materiais.

Divaldo Franco afirma que não dar orientação religiosa aos filhos seria o mesmo que deixá-los
no analfabetismo, para que, ao atingirem a maioridade, escolham qual a cultura que desejarão
realizar. Os pais têm deveres para com os filhos. O homem tem a infância longa, uma adolescência
demorada para possuir a faculdade do discernimento na idade da razão. Os pais escolhem
a melhor alimentação, a melhor educação e  iretrizes de segurança.

Por que não a religião? Deixarão que o filho escolha, como se a religião fosse um adorno secundário,
de modo que, depois de contaminado, eleja o que pareça melhor? Não deixemos nossos filhos a mercê dos perigos, para depois alertá-los!(1)

“Nenhum pai consciente e esclarecido deixará ao filho o cuidado de decidir, quando adulto,
se desejará ser alfabetizado. O mesmo podemos dizer a respeito da orientação religiosa, a alfabetização do Espírito”
Richard Simonetti (2)

Os métodos pedagógicos do Evangelho de Jesus são sempre os mesmos, através dos séculos,
esperando dos homens maior capacidade de penetração interpretativa e de testemunho
nos seus ensinamentos de amor e caridade, educação e aperfeiçoamento. (3)

A doutrina espírita por si só é uma proposta pedagógica e por isto a tarefa de codificá-la foi confiada a Kardec, que direcionou o espiritismo para a sua verdadeira função: de sintetizar o
conhecimento humano reunindo todas as áreas e, ao mesmo tempo, propor ao homem um caminho
de auto-educação.

Hippolyte Léon Denizard Rivail (educador, escritor e tradutor com o pseudônimo de Allan Kardec) foi
educado em Yverdon, na Suíça, pelo pedagogo Pestalozzi que acreditava no poder da educação
para aperfeiçoar o indivíduo e a sociedade e inculcou nas crianças sentimentos de igualdade
humana, inspirando-as a cultivarem os primeiros sentimentos de vida em comum. Defendeu a tese
que o homem é bom por natureza (tem o gérmen latente da perfeição) e o papel da educação consiste
em estar conectada com a realidade do mundo que a criança vive; cabe ao educador, entendase
aqui todo aquele que tem a criança ou o jovem sob a sua responsabilidade, doar uma parcela do seu amor ao educando.

A educação espírita da infância e da juventude do IEE, também conhecida como evangelização, tem como proposta:

• estabelecer uma parceria com os pais no intuito de facilitar no espírito o processo do desenvolvimento do potencial de amor (sentimento); sabedoria
(inteligência) e vontade (a energia interior que
impulsiona o ser a agir) que todos trazemos em nós mesmos;

• transmitir conhecimento doutrinário;

• proporcionar a socialização e a formação de sentimentos e ideais. A criança e o jovem (todos) são seres que pensam, sentem e agem e como tal
devem ser tratados.(4)

O objetivo do trabalho da Educação Espírita da Infância e da Juventude do IEE é a emancipação do ser baseada na percepção e na compreensão da sua própria natureza espiritual. Não se trata de transformar crianças e jovens em espíritas, mas sim torná-las pessoas felizes, realizadas, conscientes das leis da vida e da sua função no universo.

O trabalho se desenvolverá em todas as dimensões do ser; interligando conceitos, sentimentos e prática; adaptado a cada realidade, sem perder-se dos princípios norteadores da doutrina espírita.(5)

Em 2011, o programa está dividido em quatro módulos:

1º: Amor próprio-eu; começando pelo auto-conhecimento, autoestima, pois como o maior
mandamento de Jesus diz “ama a teu próximo como a ti mesmo”, é necessário incentivar o conhecimento de si mesmo, reconhecendo valores e limitações, se autoperdoando, pois só assim teremos condições
de amar, tolerar e perdoar; ninguém dá o que não tem;

2º: Amor ao próximo;

3º: Mudamos o mundo: uma reflexão sobre os relacionamentos e a ação dos pensamentos;

4º: Entra na primeira parte do Livro dos espíritos: Deus.

Nos dois anos seguintes daremos sequência ao Livro dos Espíritos e depois retornamos ao mesmo
programa de 2011.

As crianças e os jovens serão incentivados a falar da sua vivência, sentimentos e opiniões, para que
os conteúdos doutrinários possam fazer sentido nas suas vidas e deste modo entendidos e aplicados.

Ou seja, será trabalhado o sentir, pensar e agir. Quando compreendo os meus sentimentos, o que penso a respeito, o quanto isto me ajuda
ou me atrapalha, passo a ter condições de mudar o meu comportamento, a minha ação.

O espírito não é um depósito de informação, ele não
evolui simplesmente ouvindo aulas teóricas, mas por meio de um processo mais amplo que envolve
a ação, a atividade, a vivência, num clima de cooperação. Através desta ação, desta vivência o espírito vai interiorizando, construindo cada
ensinamento em si mesmo.

Segundo Herculano Pires, a “responsabilidade é uma flor delicada que só nasce no solo da liberdade”.

Ninguém aprende a ser responsável apenas obedecendo ordens. Ninguém aprende a agir moralmente agindo sempre sob coerção. É preciso sentir e entender para mudar as atitudes.(6)

Dora Incontri Como o pensamento cria e a vontade edifica, um grupo aproximado de vinte voluntários tem se reunido, com entusiasmo e muito empenho, semanalmente, estudando e dando corpo a este
projeto. O programa está baseado no Livro dos Espíritos e nas obras do escritor espírita Walter
de Oliveira Alves.

A atividade de educação espírita da criança e do jovem se iniciará no dia 12 de março de 2011, sempre aos sábados, das 10h às 11h30m.

Simultaneamente, os pais e o público em geral poderão assistir às palestras no horário das 10 às 11h.

Se você, assim como nós, acredita que a doutrina espírita, pode auxiliar na complexa tarefa da educação do ser integral, realize a pré-matrícula
na secretaria, na livraria ou por meio do e-mail evangelizacao@institutoespirita.org.br, informando os seguintes dados:

• nome da criança ou jovem;
• data de nascimento;
• nome dos pais;
• e-mail e telefone.

“Allan Kardec acenou-nos com a luminosa informação de que somente a educação moral,
a que consiste na arte de formar os caracteres, a que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos, logrará
o mister de dignificação e liberdade para o Espírito, concluindo magistralmente que a desordem
e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendida pode curar, assim
facultando a paz e o progresso dos povos”.
Joanna de Ângelis (Página psicografada pelo médium
Divaldo Franco, na reunião da noite de 17 de julho de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, na Bahia.)

“Criança que se evangeliza – adulto que levanta no rumo da felicidade porvindoura.”
Bezerra de Menezes

Fontes:

1 - CUIN, W.A.
Perguntando e aprendendo. 2ª ed.
EME. São Paulo, 1998.

2 - http://www.omensageiro.com.br/entrevistas/entrevista-15.htm

3 - BARCELOS, W.
Educadores do Coração.
2ª ed. UEM. Belo Horizonte, 2000

4 - ALVES, W.A.
www.pedagogiaespirita.org/ebook/pratica01.pd

5 - DUFAUX, E. Seara bendita.
Dufaux. São Paulo, 2000.

6 - http://www.panoramaespirita.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=4296

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Ed. 11 – Expediente


Editor Chefe: Rafael Berlese de Matos Dourado
Coordenação: Karina Jaccard
Jornalista Responsável: Bárbara Moreira (55.466/SP)
Revisão Geral: Sandra Maria Mello Dourado
Diagramação: José Luiz Mendieta Filho
Colaboradores: Aldo Colasurdo, Cláudia Garbini, Glaucia Savin, Lúcia Maria Silva de Andrade, Rafael Dourado, Sandra Dourado.

Uma publicação: IEE - Instituto Espírita de Educação
www.institutoespirita.blogspot.com

Rua Leopoldo Couto Magalhães, 695 - Itaim Bibi - SP
e-mail secretaria@ieesp.org.br
Telefone 11 31676333

Presidente: Maurício Ferreira Agudo Romão
Vice-Presidente: Rafael Berlese de Matos Dourado
Diretoria Doutrinária: Sandra Maria Mello Dourado
Diretoria de Educação: Maria Inez Batista Araujo
Diretoria Filantrópica: Esterlita Moreira
Diretor de Patrimônio: Nello Garbini
Diretor Financeiro: Luiz Carlos Palma
Vice-Diretor Financeiro: Adriano Melito
Primeira Secretária: Lúcia Maria Silva de Andrade
Segunda Secretária: Cláudia Garbini

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Ed. 11 – Editorial – Educação

 

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Cláudia Garbini
Segunda secretária

O homem precisa reencontrar o caminho da  humanidade colocando-se como parte integrante da natureza e não mais como seu inimigo e dominador.

Segundo a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o século XXI é o século da educação, no qual uma das mais importantes capacidades que precisam ser desenvolvidas é a de pensar de forma independente.

A educação deve ser um trabalho de toda a sociedade, para dar ao indivíduo uma visão do todo, ligada ao processo da vida, resgatando o real sentido
da aprendizagem: ser focada na realidade, para a dimensão do lugar, mas dentro de uma visão sempre global.

O maior desafio da educação tem sido o desenvolvimento da capacidade de argumentar, é o ensinar a pensar, porque o mundo vai mudar se os
nossos pensamentos mudarem.

Essa capacitação vai permitir que o indivíduo analise dados, fatos e situações e possa tomar decisões lógicas e fundamentadas na realidade.

Para alcançar essa capacitação, a educação precisa desenvolver quatro competências: aprender a ser, aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a aprender.

À educação compete o desenvolvimento dessa aprendizagem como uma construção coletiva, tornando-se um processo de conquistas que abrange
a humanização e a libertação do ser humano.

Assim sendo, a educação deve estar voltada para uma ética universal de princípios gerais de organização de uma sociedade justa, fraterna e solidária, que respeite e valorize as diferenças, garantindo o pleno desenvolvimento da vida humana, animal e vegetal em todo o planeta, assegurando o direito inalienável das crianças de ter acesso a um processo alfabetizador que a capacite para a leitura e escrita, para uma alfabetização sócio-cultural (para viver em comunidade) e para
o conhecimento tecnológico.

A educação deve fortalecer os laços de solidariedade e tolerância, a formação de valores e o aprimoramento da pessoa humana, a formação
ética e o exercício da cidadania.

“Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo.” (Espírito da Verdade)

Ao definir a implantação e desenvolvimento deste conceito de educação,

o IEE, através de sua ÁREA EDUCACIONAL, desenvolveu um projeto de Alfabetização de Adultos e está oferecendo professores voluntários e um
espaço denominado Oficina de Leitura e Escrita.

Esse curso visa proporcionar a todos, educandos e educadores, o mesmo envolvimento na apropriação do patrimônio cultural construído pela humanidade durante todo o processo evolutivo do planeta, atuando na construção de seu próprio aperfeiçoamento intelecto-moral.

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Ed. 11–Por dentro do IEE–A importância das vibrações

 

Lúcia Maria Silva de Andrade

Continuando nossa série sobre os trabalhos da Casa, veremos agora, como e porque é importante o estudo das obras da codificação, antes de procederem às atividades do dia (passes,  assistência espiritual, desenvolvimento mediúnico, etc.).

O espiritismo é uma doutrina muito séria para que se aprendam seus princípios por mera curiosidade ou
sem a devida responsabilidade, semmedir-lhe as consequências.

É a falta de estudo e compreensão das obras da codificação, livros organizados por Allan Kardec, que
pode levar os espíritas a se desviarem dos objetivos e práticas do centro espírita.

Para compreendermos melhoro funcionamento e preparação dos mentores espirituais, nos trabalhos da Casa, analisemos o texto do espírito Bezerra de Menezes, psicografado pela médium Yvonne Pereira, que se encontra no livro Dramas da obsessão,
em sua 3a parte, item 3, editado pela Federação Espírita Brasileira.

Começa o venerável apóstolo informando-nos que as vibrações de um centro espírita têm o cuidado
especial dos espíritos encarregados de zelar pelas atividades e ambientes.

Esse cuidado se faz tendo em vista:

1 - os fluídos úteis necessários aos diversos trabalhos;
2 - a aplicação desses fluídos à cura de enfermos, à desobsessão e à explanação doutrinária;
3 - que os fluídos são indispensáveis para a ação espiritual a serviço do bem.

As vibrações fluídicas consistem em emitir, pelo coração, vibrações amorosas destinadas a beneficiar os necessitados.

O operador (doador) estabelece em seu próprio íntimo o desejo sincero de auxiliar, deixando que de  seu coração fluam as ondulações vibratórias de
reconforto.

Para vibrações à distância, o processo é sempre engrandecido, avolumado pela força das vibrações em conjunto e pela formação de uma poderosa corrente emissora de base.

A nossa reunião semanal de vibrações é na terça-feira, às 20h e é um grupo fechado, mas
ocasionalmente recebemos a visita de estagiários dos cursos da Casa.

Apos a abertura, lemos trechos consecutivos do livro Caminho, Verdade e Vida (Emanuel), Livro dos
Espíritos e do Evangelho Segundo o Espiritismo.

Depois, fazemos as vibrações para a Casa, sua diretoria, conselheiros, funcionários, dirigentes dos diferentes trabalhos mediúnicos, professores dos
cursos, palestrantes, frequentadores, e para os espiritos desencarnados que habitam ou estão de passagem no edifício do IEE.

Outro grupo fechado, de estudos e aplicação em benefício da assistência espiritual a encarnados e
desencarnados, é realizado também às 3as feiras, das 19h às 21h. A assistência espiritual é o auxílio que os espíritos prestam a todos os irmãos  que procuram Deus em seus corações e ocorre em qualquer lugar, basta que haja a necessidade e o merecimento por parte de quem busca.

O IEE, juntamente com a equipe espiritual que o dirige, busca auxiliar a todos que o procuram, no intuito de promover seus ajustes espirituais.
Com esse objetivo, disponibiliza diversas formas de assistência espiritual, podendo-se citar as palestras públicas e os passes, o atendimento fraterno,
os estudos sistematizados da doutrina espírita, a assistência social por meio da filantropia, a assistência por meio da mediunidade, dentre outras.

Todas essas formas de assistência são extremamente importantes, sendo que cada uma delas é indicada em função das especificidades das problemáticas espirituais de cada indivíduo.

O trabalho é bem dinâmico e iniciado com uma prece de abertura feita pelo coordenador da reunião, o qual tem como responsabilidade orientar e estimular a participação dos companheiros nas
atividades mediúnicas, criar programas de estudo que permitam o progresso e o desenvolvimento da equipe como um todo, orientar os espíritos
comunicantes sobre a mudança de sintonia e de comportamento.

Em seguida é feita a leitura do livro Fonte Viva, de Emmanuel.

Após a leitura e o estudo, desenvolvese a parte prática do trabalho, através das manifestações mediúnicas: psicofonia, psicografia, vidência,
desdobramento e sustentação.

Psicofonia - de acordo com a doutrina
espírita, é o fenômeno mediúnico no qual um espírito se comunica através da voz de um médium.
Psicografia - é a capacidade atribuída a certos médiuns de escrever mensagens ditadas por espíritos.
Vidência - segundo Allan Kardec, os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os espíritos.
Há os que gozam dessa faculdade em estado normal, perfeitamente acordados, guardando lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico. O médium
vidente acredita ver pelos olhos, mas na realidade é a alma que vê.
Desdobramento - O fenômeno de desdobramento espiritual, denominado também “experiência fora do corpo” e que Allan Kardec reconhecia com o
nome de “sonambulismo”, é frequente e tem sido muito estudada atualmente.
O médium sonambúlico (de desdobramento) desfruta da capacidade de desprender-se do seu corpo físico, deixando-o num estado de sonolência,
e desloca-se no espaço apenas com seu perispírito.
Pode sair para longe de seu corpo e visitar locais distantes, conhecidos ou não, em nosso plano físico ou nas esferas espirituais. Pode entrar em
contato com outros espíritos, visitar enfermos, assistir espíritos perturbados.

Em relação ao grau de consciência, podem ser classificados em três tipos: conscientes, semiconscientes e inconscientes. Os primeiros lembram-se perfeitamente de tudo o que realizaram
durante o desdobramento, os segundos têm uma recordação relativa, mas os terceiros nada recordam.
No desdobramento natural, o médium afasta-se de seu corpo sem que seja necessária a atuação de outra pessoa (sono, prece ou meditação). Já o
desdobramento magnético ou provocado é produzido pela ação fluídico-magnética de outra pessoa, encarnada ou desencarnada. Pode acontecer também, o desdobramento provocado por espíritos viciosos, promovendo, muitas vezes, processos obsessivos graves.

Os médiuns de sustentação – são trabalhadores, com mediunidade ostensiva ou não, que estão presentes ao trabalho, mas não participam diretamente do fenômeno em andamento, nem
nos procedimentos de assistência propriamente dita que é realizada, seja ela de passes ou de  sclarecimento ou de consolo ao comunicante.

Fazem a sustentação energética do trabalho, mantendo o padrão vibratório saudável por meio de pensamentos e sentimentos elevados.

Encerramento
Após a parte prática, é feita a vibração de encerramento dos trabalhos com emissão de fluídos energéticos emitidos a todos em tratamento, sugeridos pela triagem do atendimento fraterno.

Dica: para maior conhecimento, consultar: O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec; Mecanismos da Mediunidade, de André Luiz; A imensidão dos
Sentidos, de Hammed e Francisco do Espírito Santo Neto, entre outros.

Como podem perceber meus queridos amigos, ainda temos muito a conhecer e aprender, não só em relação aos trabalhos que acontecem na nossa Casa,
como tudo que é desenvolvido pela espiritualidade em nosso benefício.

Portanto, é fundamental estudarmos o espiritismo, codificado por Allan Kardec, a fim de esclarecer-nos e preparar-nos para nos tornarmos trabalhadores úteis na seara do Cristo.

Não percam na próxima edição, mais informações  sobre os grupos de estudos do IEE.

Muita paz a todos e grande abraço.

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Ed. 11 – Matéria Doutrinária – Livro dos Médiuns – a mediunidade ao alcande de todos


Glaucia Savin

livro dos mediuns

 

A comunicação com os espíritos, desde os primórdios da humanidade, sempre despertou
a curiosidade humana e, não raras vezes, foi utilizada como forma de intimidação de almas mais frágeis.

Herculano Pires, em sua excelente obra, O Espírito e o Tempo, relata de forma metodológica e clara,
a evolução das formas de comunicação com o mundo espiritual: dos pajés, xamãs e sacerdotes
primitivos, passando pelos profetas e pitonisas do antigo mundo, até chegarmos aos médiuns, foi grande a caminhada.

A mediunidade, tal como a conceituamos hoje, é fruto da pesquisa de Allan Kardec, que nos legou a obra primordial do espiritismo, o Livro dos Espíritos.

Allan Kardec inaugura para a humanidade uma nova fase de relacionamento com o mundo espiritual, por meio da qual as comunicações são desmistificadas
e explicadas.

O segundo volume da codificação, o Livro dos Médiuns, foi lançado em 1858 como um pequeno volume intitulado Instruções Práticas Sobre
as Manifestações Espíritas.

Segundo nos narra Herculano Pires, na explicação introdutória à tradução da obra para a língua
portuguesa, tratava-se de um ensaio para elaboração do Livro dos Médiuns, que só foi publicado em sua versão definitiva em 1861.

O Livro dos Médiuns é lançado com uma finalidade prática e sempre atual: esclarecer de forma simples
a fenomenologia mediúnica. Todo o esclarecimento é explicado por Kardec que adota metodologia e
controles rigorosos para o registro das comunicações espíritas.

Kardec compreendeu, à frente de seu tempo, que as pesquisas espíritas não poderiam se prender
aos fenômenos em si, ou ao plano material. Por isso mesmo, exigiam métodos diferentes dos utilizados
nas ciências físicas tradicionais.

Com sua determinação e clareza, Kardec retira das comunicações espirituais o caráter místico ou
sigiloso e passa a compartilhar conosco a forma e o conteúdo das sessões, que deixam de ser espaço
para poucos iniciados em mistérios, até então insondáveis, e passam a ser acessíveis a todos.

Podemos dizer sem medo de errar, que Kardec nos abriu as portas do mundo espiritual.

O Livro dos Médiuns inicia-se com o capítulo “Os Espíritos”, admitindo sua existência e a capacidade do homem encarnado em conversar com eles, de forma séria, simples e sem a necessidade de intermediários.

No entanto, o livro não se esgota nisto. Provada a sobrevivência do espírito e a comunicabilidade, o
espírita deve instruir-se e, segundo a advertência sempre pertinente de Herculano Pires, aprofundar-se
em seu aprimoramento moral para melhor compreender, por meio dos processos de comunicação, a situação dos espíritos após a morte,
as leis que regulam as relações permanentes entre os espíritos e os homens e suas conseqüências.

A obra de Kardec, como adverte o próprio autor em sua introdução, não é um manual com palavras
sacramentais e mágicas, aptas a propiciar a qualquer deslumbrado a prática de comunicação com os espíritos. A ideia de Kardec não era a de proporcionar a profusão de práticas levianas, por meio das quais se promove o intercâmbio
entre espíritos menos esclarecidos e médiuns ignorantes. Ao contrário, o que buscava Kardec era trazer conhecimento por meio da comunicação com espíritos mais esclarecidos, o que só a prática
disciplinada e séria pode promover.

Até os dias de hoje, a obra de Kardec é a mais utilizada e a mais completa para a compreensão da
fenomenologia espírita e deve ser objeto de estudo por todos aqueles que tenham interesse em
desenvolver a mediunidade de forma segura e consciente.

A obra se encontra disponível para download, de forma gratuita, em
http://www.espirito.org.br/portal/download/pdf/lm/

Boa leitura a todos.

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Ed. 11 – Aconteceu no IEE

 

III Festa de Natal do Projeto Gestantes 2010

Foi realizada, no dia 5 de dezembro, a tradicional Festa de Natal do projeto gestantes do IEE.
Estiveram presentes no evento as 72 gestantes e suas famílias, num total de 202 pessoas.
Num clima de muita alegria, as famílias e, especialmente, as crianças, divertiram-se com a programação da festa:

  • Apresentação do coral Interlúdio do Grupo Espírita Batuíra, sob a regência da maestrina Eliana Galassi;
  • Brincadeiras e vídeos no espaço brinquedoteca;
  • Sorteio de brinquedos e utilidades domésticas, tais como: carrinho de bebê, berço, bebê conforto
  • Bazar da pechincha;
  • Deliciosos lanches feitos pela equipe do chef Hamilton e servidos carinhosamente por uma equipe de 12 voluntários; além dos saborosos picolés do tio Aroldi e bolo gelado;

O grande final foi a chegada do Papai Noel, que conversou com as crianças e iniciou a distribuição
das sacolas de Natal com roupas , presente e alimentos para todas as famílias.
A distribuição foi possível graças à generosa doação feita pelos colaboradores, frequentadores
e amigos do IEE.
A todos os que possibilitaram a realização desta festa, o nosso muito obrigado, com o desejo
de um Feliz Natal sempre com a presença amorável de Jesus em nossos corações.

Diretoria filantrópica.

Encontro de encerramento dos cursos do IEE de 2010

Foi realizado no dia 8 de dezembro passado, o encontro de encerramento dos cursos do IEE – ano 2010, com a presença de mais de 160 pessoas.
O evento foi aberto com uma palestra sobre a responsabilidade do trabalhador na casa espírita,
proferida por Eliana Galassi do Grupo Espírita Batuíra, propiciando a todos importantes reflexões.
Após a palestra foram entregues os certificados aos alunos que concluíram os diversos cursos
promovidos pelas áreas doutrinária e de educação do IEE.
Ao final, colaboradores, trabalhadores, frequentadores e amigos do IEE confraternizaram num clima de amizade e alegria, celebrando
o encerramento de um ano de muito trabalho e de realizações edificantes.
O IEE deseja a todos um Natal de paz, harmonia, saúde, equilíbrio e fraternidade, como o mestre Jesus
nos ensina.
Convidamos a todos para o retorno às atividades, a partir de 10 de janeiro de 2011, na sede da
rua Leopoldo Couto de Magalhães.

Diretoria executiva

Ed. 11 – Vai acontecer no IEE

 

obras

Situação atual das obras da nova sede do IEE

As obras da nova sede do IEE, localizada
na rua Atílio Inoccenti 667, encontram-se no
estágio final. Já estamos nos preparando para
a mudança, que deverá ocorrer até o final
do mês de janeiro, e a inauguração da nova
sede, no mês de fevereiro. Acompanhe
as fotos recentes da obra no blog da construção:
http://www.novasede.blogspot.com/

índice

Ed. 11 – Palestras e Palestrantes


JANEIRO

Segundas às 20h
Dia 10 - Recomecemos - Passarinho
Dia 17 - A criança e o espiritismo - Rafael Dourado
Dia 24 - Manifestações dos espíritos
Dia 31 - Amais os vossos inimigos - Nelson Firmino

Quartas às 12h
Dia 12 - Recomecemos - Maria Inês Guitti
Dia 19 - A criança e o espiritismo - Sandra Dourado
Dia 26 - Quem é o meu próximo? - Anna Marina Cagnacci

Quintas às 20h
Dia 13 - Recomecemos - Passarinho
Dia 20 - A criança e o espiritismo - Lucia Andrade
Dia 27 - Eu não vim destruir a lei - Marcelo Saad

FEVEREIRO

Segundas às 20h
Dia 07 - Perfeição moral - Willian Pescador
Dia 14 - Açoitando o ar - Osvaldo Coltri
Dia 21 - A proteção espiritual - Rafael Dourado
Dia 28 - Que a vossa mão esquerda não saiba o que dá sua mão direita - Lucia Nascimento

Quartas às 12h
Dia 02 - Deus - Eliana Galassi
Dia 09 - Meu reino não é deste mundo - Silvia Coqueiro
Dia 16 - O maravilhoso e o sobrenatural - João Almeida
Dia 23 - No campo da vida - Wilma Badan Gonzales

Quintas às 20h
Dia 03 - Deus - Rafael Dourado
Dia 09 - Educação espírita infanto-juvenil e a família - Rafael Dourado
Dia 10 - Meu reino não é deste mundo - Helga Klug Vieira
Dia 17 - O maravilhoso e o sobrenatural - Marcelo Saad
Dia 24 - Acalme-se - Passarinho

índice

Ed. 11 – Programação


FILANTRÓPICA

CURSO PARA GESTANTES
Curso com o objetivo de informar e acolher a gestante, com orientações, para uma melhor
qualidade de vida para ela e seu bebê. É apresentado em cinco encontros ministrados por uma equipe multidisciplinar voluntária,
composta por: médico, psicólogas, nutricionista, pedagoga e assistentes sociais.
4ªs feiras das 15h às 17h.

ENCONTRO COM PEDIATRA
Com o objetivo de incentivar o aleitamento materno e tirar dúvidas das mães.
4ªs feiras às 13h30, 1 vez por mês.

OFICINA DE COSTURA, TRICÔ & CROCHÊ
Na oficina são produzidas peças que compõem o kit enxoval dos bebê  do curso para gestantes e que também são vendidos no IEE Ateliê.
3as e 5as feiras das 14h30 às 16h30.

OFICINA DE ARTESANATO
Oferece cursos de pintura em madeira e artesanato em geral.
As peças produzidas são vendidas no IEE Ateliê.
3as e 5as feiras das 14h30 às 16h30.

DOUTRINÁRIA

CURSO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO
Oferece ao aluno conhecimentos básicos da doutrina espírita, para que ele possa ingressar nos
cursos de Educação Mediúnica ou de Evangelho.
Início: 02/03/2011
Nas 4as feiras das 20h às 21h30.
Inscrições na secretaria ou livraria a partir de fevereiro.

Curso de Desenvolvimento e Educação Mediúnica
Visa educar e treinar o médium através de estudo e do exercício da prática mediúnica, proporcionando
segurança no processo das manifestações espirituais.
1º e 2º ano: nas 4as feiras das 20h às 22h.
Início: 02/03/2011

Curso : CONHECENDO E ENTENDENDO de Evangelho
Oportuniza o estudo de uma das obras básicas da doutrina espírita:
O Evangelho Segundo o Espiritismo, oferecendo ao aluno conhecimentos evangélicos como base para a sua evolução moral.
1º e 2º ano: das 20h às 22h.
Início: 03/2011.
Dia da semana a ser definido.

Atendimento Fraterno
Destinado a qualquer pessoa que procure a casa espírita.Visa esclarecer e orientar, de forma preliminar, sobre o contexto espírita, além de encaminhar para atividades e atendimentos segundo suas necessidades.
2as e 5as feiras às 20h e 4as feiras às 13h.

Palestras e Passes
2as e 5as feiras às 20h
e 4as feiras às 12h.

EDUCACIONAL

CURSO DE INFORMÁTICA BÁSICA I
4as feiras das 19h às 21h.
Sábados das 11h às 13h.

CURSO DE INFORMÁTICA BÁSICA II
Proporciona a inclusão digital do aluno, permitindo acesso á internet.
3as feiras das 19h às 20h30.

CURSO DE INGLÊS BÁSICO
Oferece uma aproximação com a língua inglesa abrindo portas para um mundo globalizado.
2as feiras das 20h às 21h.
4as feiras das 18h50 às 20h.

CURSO DE ALFABETIZAÇÃO PARA ADULTOS
Proporciona a educação básica através do conhecimento das letras e da leitura com interpretação de textos.
3as, 4as e 5as feiras das 14h30 às 16h30.

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