Edição 15–Setembro Outubro 2011

 

capa

Editorial
José Rodrigues Passarinho
Presidente do conselho deliberativo

Matéria de Capa
O passe - Terapêutica de renovação
Glaucia Savin

Matéria Doutrinária
O livro O que é o espiritismo - Allan Kardec
Lúcia Maria Silva de Andrade

Infância e Juventude
A turminha da evangelização infanto-juvenil do IEE 
Susana Wojcik
Matéria especial I
Campanha nota fiscal paulista
Dálvaro Spínola
Matéria Especial II
O livro espírita
Aldo Colasurdo
Por dentro do IEE
Programação
Palestras e palestrantes
Importante
Vai acontecer no IEE
Aconteceu no IEE
Expediente

Ed–15–Editorial


Eleições no IEE em 2011

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José Rodrigues Passarinho
Presidente do conselho deliberativo

Comecei a frequentar o IEE em 1984.

Além da qualidade doutrinária da casa e de seus trabalhos filantrópicos, um item me chamou a atenção também: sua democracia.

Fazia pouco tempo que estava por aqui e o Sr. Giovine, um dos nossos fundadores, já me convidou a participar de uma reunião do Conselho Deliberativo.

Achei interessantíssimo conhecer como seria a administração de um centro espírita, pois não tinha essa experiência.

Não aguentei e já na primeira reunião levantei a mão e quis dar minha opinião sobre um assunto que estava sendo debatido. Fui ouvido!

E, um belo dia, tiveram eleições. Deve ser fachada, pensei. Não era.

A eleição era para valer. Havia chapas, votação, tudo muito democrático.

E continua assim até hoje.

O IEE passou por sérias crises no início dos anos 2000, com risco de fechar. Mas com o esforço de todos e, muito por conta dessa nossa democracia, que permitiu debates e trocas de comandos, revertemos o processo e hoje estamos aqui neste novo prédio.

Participei dessa época, como Conselheiro e também como Presidente, pois entendi que deveria retribuir o muito que tinha recebido desta casa também na sua administração. Tive a colaboração de equipes
batalhadoras, incansáveis, como também foram as que me sucederam, como também é a que está na administração hoje, sob a presidência de Maurício Romão.

Como você pode perceber, a administração do IEE é mais um campo importantíssimo de trabalho.

Como fazer? É simples, associe-se. Solicite uma ficha de cadastro e fique sócio do IEE. Com o tempo, de acordo com as regras do estatuto, você é efetivado e pode participar do Conselho e da própria Diretoria e das decisões da casa.

Mesmo se não quiser participar diretamente da administração, associe-se para votar ou mesmo para colaborar financeiramente, pois nós vivemos desses recursos. Portanto, associar-se é uma contribuição essencial que você pode dar. Nós temos sócios que colaboram com 50, 100 reais e até mais. Mas também temos outros que são também muito queridos e bem-vindos com seus 10 ou 20 reais mensais. O valor não muda a condição do sócio e sim seu tempo de casa e sua participação na instituição.

Este é um ano de eleições e, como eu disse, elas são para valer.

Associe-se, acompanhe o processo, veja como participar e vote (se for associado)!!!

Em nome do nosso Conselho, quero te fazer um convite especial:participe da nossa próxima reunião. E, se tiver alguma ideia, levante a mão.

Será um prazer ouvir o que você tem a dizer para nos ajudar.

Melhor do que te ouvir, será um prazer acolher você como um dos sócios colaboradores diretos da nossa administração.

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Ed–15–Matéria de capa

por Glaucia Savin

O passe - Terapêutica de renovação

 

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A prática dos passes existe entre nós desde as civilizações antigas, que utilizavam o poder da
imposição de mãos como método terapêutico.

Cercadas de misticismo e, muitas vezes, envoltas em rituais primitivos, tais práticas, sugeriam a possibilidade de atuação por meio da influência magnética de um indivíduo para outro.

Curar por meio da imposição de mãos era prática corriqueira nos tempos antigos e o Evangelho está
repleto de narrativas acerca das curas operadas por Jesus e seus discípulos.

A aplicação de passes, sempre precedida de uma palestra pública é, em geral, a primeira terapêutica
oferecida àqueles que procuram a casa espírita.

Embora a prática dos passes seja bastante difundida, aqueles que chegam ao centro espírita pela primeira vez ficam um tanto quanto inseguros ao receber a recomendação para frequentar os trabalhos de fluidoterapia.

Afinal, o que são os passes? E por que recorremos a eles?

Segundo André Luiz, no livro Nos Domínios da Mediunidade, o passe é uma transfusão de energias,
capaz de alterar o campo celular.

Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas.

Essa transfusão de energias se opera sem qualquer contato físico.

No passe, por meio da transmissão de fluídos saudáveis, o médium, assistido pelo plano espiritual, procura equilibrar o funcionamento dos centros de força do assistido e, por consequência, o seu organismo, proporcionando ao indivíduo uma
sensação de bem estar.

Isto ocorre porque o nosso corpo físico é animado por uma força ou fluído vital que constitui uma
espécie de campo energético.

Esse campo, também denominado de duplo etérico, se encontra ligado a um envoltório espiritual,
denominado de perispírito.

O perispírito possui centros de recepção de energia ligados ao corpo físico. Tais centros de força ou chakras relacionam-se a órgãos e funções essenciais do nosso organismo. Quando os centros de força são alimentados por energias deletérias, nosso organismo se ressente e passamos por desequilíbrios
físicos e mentais. Ao contrário, quando alimentamos os nossos centros de força com energias salutares e renovadoras, sentimo-nos revigorados.

Alguns fatores, no entanto, são relevantes para a eficácia do tratamento, considerando-se fundamental a postura daquele que o recebe.

Aquele que procura o tratamento encontra na casa espírita um ambiente de total acolhimento.

Porém, a postura do assistido em relação ao tratamento, ao contrário do que se poderia supor à primeira vista, não é passiva. O assistido não é um mero receptor e sua disposição em receber ajuda
influencia diretamente em relação aos resultados obtidos.

Em Missionários da Luz, André Luiz relata o caso de uma mulher doente que recebe o passe “como
a criança frágil sequiosa do carinho materno”, demonstrando receptividade. A postura receptiva
do assistido é fundamental para que se estabeleça, tanto quanto possível, uma sintonia, ou seja, um vínculo mental entre o passista e o receptor.

A partir desse instante, se operará a transmissão de energias do médium para o assistido. A confiança,
portanto, é elemento primordial no tratamento, não importando a que religião pertença o indivíduo.

A sintonia entre o assistido e a equipe que operará o trabalho de passes se inicia durante a palestra,
que serve para preparar psicologicamente o paciente para o trabalho de passes. Ao frequentar a palestra, o assistido já começa a receber fluídos harmonizadores  e vai alterando a sua atmosfera
mental, tornando-se mais receptivo aos fluidos mais sutis.

À saída do centro espírita, o tratamento continua operando seus efeitos, que serão mais ou menos duradouros, dependendo da sintonia mental daquele que recebe os fluidos.

Como mencionamos acima, o passe opera uma verdadeira transfusão de energias que podem
ser mais ou menos comparadas a uma carga de combustível adicional que auxiliará o indivíduo a recompor o seu campo físico, psíquico e
espiritual. Sem a transformação do padrão mental do receptor, as energias recebidas se esgotam
rapidamente, caso os fatores que causam o desequilíbrio perdurem.

Neste caso, os benefícios serão transitórios e trarão de volta o paciente, nas mesmas condições em que se encontrava antes do tratamento.

Embora a receptividade, como mencionamos, seja fundamental, o paciente não deve se tornar “freguês” do tratamento e deve esforçar-se para melhorar o seu padrão vibratório, por meio do estudo, da meditação e da oração, a fim de que as energias recebidas sejam melhores absorvidas e
incorporadas ao seu organismo, gerando benefícios permanentes.

Ou seja, compete ao assistido fazer a sua parte e trabalhar sempre no sentido de alcançar um estado de renovação profundo, capaz de operar a cura. É por isto que cada vez mais se difunde a noção de que “não existem doenças, mas doentes”.

Enquanto isto não se dá, o assistido, abalado por desequilíbrios orgânicos ou psicológicos não deve abandonar o tratamento tradicional. O processo
de cura compreende a harmonização dos planos físico e espiritual, que se influenciam reciprocamente, por integrarem um todo indiviso.
A terapêutica do passe é, portanto, a porta de entrada do indivíduo não apenas ao centro espírita, mas ao processo de descoberta de si mesmo,
como agente de sua renovação e fator principal na tarefa de manutenção do seu equilíbrio que, no entanto, somente será alcançado por meio da vontade educada e sadia.

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Ed–15–Matéria Doutrinária

por Lúcia Maria Silva de Andrade

livro dos espiritiso

O livro O que é o espiritismo - Allan Kardec

No preâmbulo do livro, Kardec justifica: “... As pessoas que não têm do Espiritismo senão um conhecimento superficial são naturalmente levadas
a fazer certas indagações, às quais um estudo completo lhes daria, sem dúvida, a solução. Mas o tempo e, freqüentemente, a vontade, lhes
faltam para se consagrarem às observações continuadas”...

Apesar de passados 150 anos de conhecimento da Doutrina, o Espiritismo ainda é pouco conhecido
ou estudado...

No livro “O que é o espiritismo”, publicado por Allan Kardec no ano de 1859 ,. pode-se ter a noção dos
princípios que regem o espiritismo, reunidos em três capítulos, incluída a biografia de Allan Kardec, por
Henri Sausse.

Esta obra de forma resumida contém uma introdução aos conceitos do Espiritismo e ao conhecimento do mundo invisível, um resumo
da Doutrina Espírita, além de esclarecimentos em relação às principais dúvidas mais comuns que
se levantam em relação à Doutrina.

O primeiro capítulo contém, sob a forma de diálogos, respostas às objeções mais comuns da parte daqueles que ignoram os primeiros
fundamentos da Doutrina, assim como a refutação dos principais argumentos dos seus opositores.

Sob a forma de diálogos com um crítico, um céptico e um padre, traz respostas àqueles que desconhecem os princípios básicos da Doutrina,
bem como apropriadas refutações aos seus contraditores. Ainda no primeiro capítulo, Kardec trava diálogo com um espírito que se denomina um “crítico” da doutrina, e recusa-se a admitir a realidade dos fenômenos estranhos atribuídos
aos Espíritos. Kardec então argumenta que, desde o instante em que a razão se recusa a admitir o que nós espíritas consideramos como fatos comprovados, é que crêem ser superiores a todas as pessoas que não compartilham da opinião dele.

O orgulho é a chaga que impede o homem de ver a razão...

Em resumo, cada um é perfeitamente livre para aprovar ou criticar os princípios do Espiritismo, para deduzir deles tais conseqüências boas ou más,
como lhe agrade, mas a consciência impõe um dever a todo crítico sério de não falar daquilo que não se sabe.

O segundo capítulo, consagrado à exposição sumária das partes da ciência prática e experimental, sobre as quais, na falta de uma instrução completa,
o observador novato deve dirigir sua atenção para julgar com conhecimento de causa. É de alguma forma o resumo de “O Livro dos Médiuns”, e é, ainda,
o mais seguro guia de que nos podemos servir para explorar, sem perigo, o terreno da mediunidade.

As objeções nascem, o mais freqüentemente, de idéias falsas que são feitas, sobre o que não se
conhece. Corrigir essas idéias é antecipar-se às objeções: tal é o objeto deste pequeno escrito.

O terceiro capítulo pode ser considerado como o resumo de O Livro dos Espíritos. É a solução,
pela Doutrina Espírita, de um certo número de problemas do mais alto interesse de ordem psicológica, moral e filosófica, que são colocados
diariamente, e aos quais nenhuma filosofia deu, ainda, soluções satisfatórias. Que se procure resolvêlos por outra teoria, e sem a chave
que nos oferece o Espiritismo, e ver-se-á que elas são as respostas mais lógicas e que melhor
satisfazem à razão.

O espiritismo se fundamenta nas leis da natureza e não nas escrituras.

Para a doutrina espírita não existem dogmas, simbolismos, hierarquias, etc. Pode-se defini-lo assim: o Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.

Existem 09 postulados que o regem:

1- Deus, inteligência suprema que rege o universo,
2- imortalidade da alma: princípio inteligente que abriga o pensamento, a vontade e o senso moral,
3- comunicação dos espíritos: os intercâmbios entre o mundo visível e o mundo invisível podem ser
ocultos ou patentes, espontâneos ou provocados,
4- leis de causa e efeito - reencarnação:
o corpo, envoltório material que coloca o Espírito em relação com o mundo exterior,
5- evolução: lei do progresso, todos estão submetidos a essas causas,
6- determinismos e livre arbítrio- rege as escolhas e determina os resultados na evolução do espírito,
7- perispirito: envoltório fluídico, leve, imponderável, servindo de liame e de intermediário entre o Espírito e o corpo.
8- pluralidade dos mundos habitados: os mundos estão em graus de adiantamento muito diferentes;
alguns estão nas mesmas condições que a Terra; outros estão mais atrasados: assim como existem
outros mais elevados,
9- manifestações dos espíritos: são de duas naturezas: os efeitos físicos e as manifestações inteligentes.

Todos esses quesitos são de maneira sumária abordados neste livro. Por essa breve explanação, percebe-se a importância desse livro...

Muita paz a todos...

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Ed–15–Infância e Juventude

por Susana Wojcik

A turminha da evangelização infanto-juvenil do IEE

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Foi durante a manhã de sábado, 4 de junho, na sede do IEE na Leopoldo Couto Magalhães, que crianças, jovens, monitoras e pais se deliciaram em uma atividade artística nas paredes da antiga construção, como despedida carinhosa ao prédio. Desenhos e figuras com dizeres como “obrigada por tudo!” e “despedida com muito carinho e amor” aos poucos iam tomando forma, sintetizando nosso agradecimento às paredes físicas que nos acolheram durante anos de estudo, trabalho, consolo e confraternização. A principal mensagem que deixamos com esta dinâmica foi que estruturas materiais vêm e vão, mas nossos alicerces espirituais estão sólidos em votos de fé, amor e caridade.

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Para encerramento das aulas do 1º semestre de 2011, dois convidados muito especiais vieram ao IEE e divertiram a turminha da evangelização infanto-juvenil. Regina Monreal e Marco Monreal são voluntários da ONG “Doutores Cidadãos” e levam alegria a pacientes terminais em diversos hospitais da capital. Com seus trajes coloridos e inusitados, pularam, cantaram, dançaram, contaram histórias e animaram as crianças. Distribuíram doces e guloseimas e a atividade foi encerrada com a prece “Pai Nosso” seguida de comes e bebes gentilmente trazidos pelas voluntárias. Fechamos o semestre com chave de ouro, entendendo que o espiritismo e o trabalho voluntário podem ser praticados com bom humor e alegria.

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Ed–15–Matéria especial I

por Dálvaro Spínola

Campanha nota fiscal paulista

Doe seu cupom fiscal e ajude as crianças da Associação Lar Criança Feliz.

A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo criou o Programa de Estímulo à Cidadania Fiscal,
conforme Lei 12.685 de 28 de agosto de 2001, que incentiva o comprador de mercadorias, bens e serviços de transportes a exigir do fornecedor
a emissão da Nota Fiscal Eletrônica ou de cupom fiscal. O comprador receberá um pequena parcela do
imposto arrecadado pela Secretaria da Fazenda, para tanto terá que indicar o CPF ou CNPJ do beneficiado.

O cupom fiscal poderá ser solicitado também o CPF do comprador e nesse caso doado a uma instituição
de assistência social.

A Associação Lar Criança Feliz, administrada pelo IEE, está inscrita junto a Secretaria Estadual
de Assistência e Desenvolvimento Social, como beneficiária dos créditos deste programa.

Como doar os créditos de seu Cupom Fiscal:

a) Sempre pedir o cupom fiscal sem indicação de CPF ou CNPJ.
b) Entregar os cupons nos pontos de coletas a seguir indicados.
c) Também poderão ser recolhidos cupons fiscais dos consumidores que não indicaram o CPF em
restaurantes, lanchonetes, lojas e outros estabelecimentos comerciais.
d) O IEE oferecerá uma urna coletora aos interessados em arrecadar os cupons fiscais
nos estabelecimentos comerciais.

Seja um coletor (a) de cupons fiscais

Você poderá ser um coletor de cupom fiscal junto a estabelecimentos Comerciais. Quem se propuser a
esse trabalho deverá nos informar os dados do estabelecimento, como endereço, pessoa para contato, telefone, tipo de comércio (restaurante, loja de roupa ou calçados, fast foods, etc.).

Será providenciada uma carta de apresentação da associação e fornecida uma urna coletora dos cupons. Os cupons deverão ser recolhidos semanalmente junto ao estabelecimento e entregues
nos locais a seguir indicados.

SEDE DO IEE:
Rua Atílio Innocenti, 669 - Vila Olímpia

CRECHE LAR CRIANÇA FELIZ:
Rua Quatá, 821 - Vila Olímpia

CENTRO DE JUVENTUDE NOSSO LAR:
Rua Augusto José Avancini, 248 -
Jardim São Jorge.

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Ed–15–Matéria Especial II

por Aldo Colasurdo

O livro espírita

Aos povos antigos, como os Fenícios e Egípcios, é atribuída a invenção da escrita. Pretendiam
eles, através dos denominados “escribas”, perpetuarem conhecimentos e regras úteis
a sociedade. Este hábito secular também beneficiou o cristianismo, pois possibilitou que os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos chegassem até nós.

Posteriormente, os relatos escritos também tornaram possíveis a Dante Alighieri produzir no século 14, sua obra O Céu e o Inferno; esta foi
por muitos considerada como as primeiras e rudimentares explicações plausíveis sobre a continuidade de existência humana no plano da
além-vida terrestre.

Um século depois, graças aos grandes esforços de Gutenberg, surgiria a imprensa, dando vida ao
primeiro livro da historia: a Bíblia.

Sua destacada invenção colaboraria para a “Reforma Religiosa”, e permitiria a criação e liberdade
de novas doutrinas. A partir de então, a literatura se desenvolveria tornandose uma das grandes construtoras da evolução de nossa sociedade.

Para estudiosos da literatura espírita, também merece destaque o herói nacional da Suécia,
Swedenborg. Nascido em 1688, ao completar 55 anos de idade, passou a dedicar-se exclusivamente
a doutrina espiritualista e sua literatura.

Para muitos pesquisadores, foi considerado “o primeiro autor de livros espíritas”, através dos quais
escreveu sobre o desencarne e o mundo do além.

Em uma de suas obras, nos relata o plano celeste,
com imagens semelhante as que seriam trazidas pelo espírito de André Luiz, anos mais tarde.

Após um século, graças aos dedicados esforços do professor e escritor francês Leon Hipolite
Denizard Rivail, surgiria em 1857, nas livrarias de Paris, o Livro dos Espíritos. A humanidade, através
deste e dos livros que o seguiram, passou a se beneficiar com as mensagens do prometido Espírito
da Verdade. As obras de Kardec se completariam trazendo aos leitores os restantes livros da Codificação, bem como as várias edições da Revista
Espírita de Estudos Psicológicos.

O sucesso dessas edições animou vários autores alguns dos quais são herdeiros kardecistas e, como tal, procuraram criar suas obras com o auxílio do mundo invisível.

Nos fins do século 20, nascia no interior de Minas Gerais Francisco Cândido Xavier. Este, da sua
juventude até transpor as portas do túmulo, foi um exemplo de verdadeiro seguidor do Mestre Jesus. Dedicado servidor da doutrina codificada por
Kardec, psicografou dezenas de livros.

Vários destes distribuídos pelo mundo atingiram grandes vendagens.

Indiferente ao aspecto financeiro, Chico Xavier continuou sua missão até seu retorno aos céus. A literatura baseada no Espírito da Verdade continua a ser a bússola indicadora do caminhar pelas estradas da vida em direção a um futuro de paz, onde o amor entre as criaturas será a tônica da existência.

O espiritismo, através de sua leitura e prática, pode tomar conta do mundo derramando sobre ele suas
luzes, seu amor e sua paz.

Lembrando-nos ainda que uma casa sem ele é um corpo sem alma.

“Livro espírita: sois um mudo que fala, um surdo que responde, cego que nos guia; amigo que não trai, companheiro que esquecido não se magoa! Enfim, sois dádiva dos Céus que aparelha as estradas da vida e nos conduz ao Nosso Pai Criador!”

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Ed–15–Por dentro do IEE

por Débora Guimarães

alfabetização

Alfabetização para adultos

 

O projeto de alfabetização para adultos chega ao primeiro ano com valiosas conquistas.

Pessoas entre 30 e 70 anos estão reaprendendo
a importância das palavras.

Há um ano, o curso de Alfabetização para Adultos do IEE – Instituto Espírita de Educação cumpre a
prazerosa tarefa de levar educação a adultos que cursaram somente o Ensino Fundamental.

Fruto de uma parceria entre o IEE e o CAPS/SP (Centro de Atendimento Psico-social), a OFICINA DE LEITURA E ESCRITA, oferece, três vezes por
semana, aulas de gramática e interpretação de texto, ministradas por um grupo de educadores
voluntários, a alunos com dificuldades em leitura e escrita.

Este curso é ministrado através de normas pedagógicas aplicadas ao desenvolvimento cognitivo, aliadas ao despertar da potencialidade do
indivíduo e de seus valores internos.

O desenvolvimento dos educandos neste ano superou todas as expectativas.

Participaram intensamente mostrando em suas dificuldades, os nossos próprios desafios. Em uma atividade desenvolvida na sala de aula, cada aluno registrou através de uma só palavra
o significado do curso. Surgiram expressões simples em concepção, mas ricas em sentimento, tais como:
RECOMEÇO, APRENDIZADO, AMIZADE, CURSO E IMPORTANTE.

“RECOMEÇO” resgata em sua vida o seu papel na sociedade, sua identidade; “APRENDER” representa
a vida, em eterna evolução democrática;

“AMIZADE” mostra a oportunidade que o curso proporciona na interação com seus colegas,
livres de insultos e brincadeiras sofridas na infância, trazendo um novo significado para a palavra até então desconhecida em seu sentido literal, que é uma afeição recíproca, de poder contar com o
próximo.

O “CURSO” proporcionou a oportunidade de poder preencher uma ficha sem auxílio, resgatando
assim com certeza, a sua cidadania; e “IMPORTANTE” porque resgata e treina melhor sua compreensão sobre o que está lendo.

Enfim, a exemplo dos educandos, DESAFIO e CORAGEM também serão o EIXO de nosso trabalho
como educadoras.

“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”. (Einstein)

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Ed–15–Programação

por Sandra Maria Mello Dourado

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Doutrinária

Curso de iniciação ao estudo do espiritismo
Oferece ao aluno conhecimentos básicos da doutrina espírita, para que ele possa ingressar nos cursos de
Educação Mediúnica ou de Evangelho.
Profs. Helda e Lúcia
Quartas das 20h às 21h30.

Curso de desenvolvimento e educação mediúnica
Visa educar e treinar o médium através de estudo e do exercício da prática mediúnica, proporcionando
segurança no processo das manifestações espirituais.
1º ano - Profs. Glaucia e Amilton
2º ano - Profs. Andrea e Sílvia
Quartas das 20h às 22h.

Curso: conhecendo e entendendo o evangelho
O curso nos dá a base para a análise do Evangelho, sobre o prisma científico, filosófico e nos ensina
a colocar em prática, no nosso dia a dia, os ensinamentos de Jesus.
Profs. Sônia, Adriano e Humberto
Quartas das 20h às 21h30.

Curso de educação espíritapara infância e juventude
(evangelização)
Sábados das 10 às 11h30
(das10h às 11h haverá palestra aberta ao
público), faixa etária: 3 a 18 anos.
Inscrições permanentes.

Atendimento fraterno
Destinado a qualquer pessoa que procure a casa espírita. Visa esclarecer e orientar, de forma preliminar, sobre o contexto espírita, além de encaminhar para atividades e atendimentos
segundo suas necessidades.
Segundas e quintas às 20h e quartas às 13h.

Palestras e passes
Segundas e quintas às 20h, quartas às 12h e sábados às 10h.

Filantrópica

Curso para gestantes
Com o objetivo de informar e acolher a gestante, o programa do curso é apresentado em seis encontros por uma equipe multidisciplinar voluntária,
composta por profissionais das áreas de psicologia, nutrição, pedagogia, serviço social, educação,
fisioterapia e médica (pediatria).
Quartas, das 15h às 17h.
A partir de agosto.

Encontro com pediatra
O encontro tem o objetivo de incentivar o aleitamento materno e tirar dúvidas das mães que já
fizeram o curso de gestantes.
Quartas às 13h30
(verificar agenda na área filantrópica).

Oficina de costura, tricô e crochê
Cursos gratuitos para confecção de casaquinhos e mantas para compor o kit enxoval do bebê. Produção
de peças para o bazar interno.
Terças e quintas, 14h30 às 16h30.

Oficina de artesanato
Cursos gratuitos de pintura e decoupagem em madeira. Produção para o bazar interno.
Terças e quintas, das 14h30 às 16h30.

Educacional

Curso de informática básica I
Quartas das 19h às 21h
e sábados das 09h às 11h.

Curso de informática - introdução à internet
Os cursos de informática proporcionam
a inclusão digital do aluno, permitindo acesso à internet.
Terças das 19h às 20h30.

Curso de inglês básico I
Segundas das 20h às 21h.

Curso de inglês básico II
Oferece uma aproximação com a língua inglesa, abrindo portas para um mundo globalizado.
Quartas das 18h50 às 20h.

Curso de alfabetização para adultos
Proporciona a educação básica através do conhecimento das letras e da leitura com interpretação de textos.
Terças, quartas e quintas das
14h30 às 16h30.

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Ed–15–Palestras e palestrantes

 

palestras

índice

Ed–15–Importante

por Rafael Dourado e Esterlita Moreira

Fale com o IEE

O Instituto Espírita de Educação coloca à disposição dos frequentadores, associados e colaboradores em geral um novo canal de comunicação: Fale com o IEE.

Através dele você pode encaminhar sugestões, críticas , opiniões, etc. - as quais irão nos ajudar na melhoria contínua dos trabalhos e dos serviços oferecidos pelo instituto.

Para isso, você pode usar o email: falecom@institutoespirita.org.br

ou a caixa de sugestões localizada no balcão junto à recepção.


Participe! A sua opinião é importante para o aperfeiçoamento do IEE.

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Ed–15–Vai acontecer no IEE

por Sandra Maria Mello Dourado

livros

Feira do livro no IEE

Durante o mês de outubro, o IEE estará realizando a sua feira do livro, concedendo 0% de desconto em todos os títulos à venda.

Neste mês, comemoramos o aniversário de nascimento do codificador do Espiritismo - Allan Kardec - e portanto, a melhor maneira de homenagearmos este espírito luminoso, é divulgando a literatura espírita, especialmente, as obras básicas:


• O LIVRO DOS ESPÍRITOS
• O LIVRO DOS MÉDIUNS
• O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
• O CÉU E O INFERNO
• A GÊNESE
• O QUE É O ESPIRITISMO
• OBRAS PÓSTUMAS


“Divulgar, por todos os meios lícitos, os livros que esclareçam os postulados espíritas, prestigiando as obras santificantes que objetivam o ingresso da Humanidade no roteiro da redenção com Jesus” - André Luiz

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Ed–15–Aconteceu no IEE

por Guilherme Steagall Gertsenchtein

Trabalho de passes “GAPEB” completa 1 ano e expande número de equipes

Há pouco mais de um ano, desde junho de 2010, iniciou-se no IEE um trabalho de passes dedicados
a pessoas que não tenham como se locomover até a casa espírita.

Este grupo é chamado de Grupo de Apoio ao Paciente “Eurípedes e Bezerra“- GAPEB. O trabalho
começou com apenas uma equipe e agora duas novas equipes estão sendo formadas – num total
de três horários de atendimento a cada semana. Há espaço para novos trabalhadores que estejam
interessados.

Breve descrição dos trabalhos

O grupo é constituído por equipes de três médiuns passistas e atende pacientes que tenham impedimento de locomoção e que aceitem
receber a aplicação de passe – em suas residências e, se necessário, em hospitais. O trabalho é realizado em dia e horário fixo, atendendo a determinações específicas que qualifiquem os candidatos aos  objetivos do trabalho. O foco do atendimento é restrito ao assistido e não abrange os eventuais  acompanhantes – quem pode ir ao centro espírita buscar o passe, deve fazê-lo. Na ocasião do atendimento, a equipe responsável visita
o assistido e, após uma breve leitura e oração, aplica o passe. As visitas são de curta duração (cerca  de 20 minutos) – tendo em vista a necessidade da realização de 2 ou 3 visitas no mesmo dia.

Os assistidos pelo GAPEB sempre permanecem no trabalho por períodos determinados, que variam
de caso a caso (por exemplo, 1 mês ou 3 meses etc.). Assim, dentro de intervalos regulares, é feita uma reavaliação para identificar se
determinado caso deve ou não continuar no atendimento – levando- se em consideração uma série de fatores. O revezamento é fundamental
para que seja possível atender o maior número possível de casos.

Os pedidos de atendimento são feitos diretamente à coordenação do trabalho, através do preenchimento de ficha específica, que pode ser obtida na Secretaria do IEE. Se por alguma razão o pedido não for qualificado dentro dos parâmetros de atendimento do GAPEB, será encaminhado ao Atendimento Fraterno do IEE para destinação posterior a outros  trabalhos da casa.

Observações importantes Não existe injustiça nas Leis de Deus. Cada espírito trilha o seu caminho tendo em vista suas próprias necessidades. O que nos parece injusto invariavelmente tem
explicação em condutas do passado ou em escolhas dos próprios espíritos. E o objetivo do GAPEB
não é de acelerar ou evitar cada processo, mas sim de prover conforto e equilíbrio para que os
assistidos tenham forças e aceitem o caminho a ser seguido, aproveitando assim a oportunidade
de renovação que Deus dá a cada um de nós.
O passe não é a cura em si. É um instrumento de auxílio àqueles que necessitam de paz, tranquilidade, esperança, renovação energética.

A cura propriamente dita é tarefa individual e indelegável, e cada espírito pode escolher o que fazer om a ajuda recebida. É importante que não seja criada a expectativa da cura física com o passe, tendo em vista que em muitos casos a
enfermidade é uma escolha de reencarnação – a melhora espiritual pode às vezes não se reverter em
cura física. O que pode ser esperado é uma ajuda que permite que o indivíduo atravesse o seu
processo de crescimento de forma melhor. Dentro de condições específicas, o passe pode ser considerado um facilitador dos processos individuais de evolução.

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Ed. 15–Expediente


Uma publicação bimestral: IEE - Instituto Espírita de Educação Versão online:
www.institutoespirita.blogspot.com

Rua Professor Atílio Innocenti, 669 – Itaim Bibi -  SP - Telefone 11 31676333
Editor Chefe: Rafael Berlese de Matos Dourado

Coordenação: Karina Jaccard Jornalista

Responsável: Bárbara Moreira (55.466/SP)

Revisão Geral: Sandra Maria Mello Dourado Diagramação: José Luiz Mendieta Filho

Presidente: Maurício Ferreira Agudo Romão
Vice-Presidente: Rafael Berlese de Matos Dourado Diretoria Doutrinária: Sandra Maria Mello Dourado Diretoria de Educação: Maria Inez Batista Araujo Diretoria Filantrópica: Esterlita Moreira Diretor de Patrimônio: Nello Garbini
Diretor Financeiro: Luiz Carlos Palma
Vice-Diretor Financeiro: Adriano Melito
Primeira Secretária: Lúcia Maria Silva de Andrade Segunda Secretária: Cláudia Garbini`

índice

Edição 14–Julho Agosto 2011

 

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Editorial
Maurício Romão – Presidente

Matéria de Capa
Trabalho voluntário e espiritismo
por Esterlita Moreira

Matéria Doutrinária
Por que um Evangelho segundo o espiritismo?
por Glaucia Savin

Matéria Especial
Elas precisam de você
por Dálvaro Spínola

Por dentro do IEE

Programação

Palestras e Palestrantes

Importante

Aconteceu no IEE

Expediente

Ed- 14–Matéria Doutrinária

por Glaucia Savin

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Porque um evangelho segundo o espiritismo?

O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar – Mt 24,35


Jesus ensinou por aproximadamente três anos sem nada escrever.


Suas palavras foram conservadas por seus seguidores e os primeiros registros surgiram muitos anos após a sua morte.


Dada a dificuldade de documentação à época, cada discípulo anotou apenas o que ouviu e compreendeu.

Daí a profusão de textos. Alguns considerados autênticos, ou seja, atribuídos a alguém que tenha
convivido com Jesus, cujo conteúdo guarde coerência com os fatos históricos e que possuam
uma linguagem elevada, condizente com os ensinamentos do Mestre.


Muitos outros textos acabaram sendo rejeitados.

Os cristãos diferiam entre si sobre quais evangelhos preferiam. Os da Ásia Menor utilizavam o Evangelho
de João, enquanto o Evangelho de Mateus era o mais popular, em geral.


Foi Irineu, bispo de Lyon que, por meio da comparação entre os textos, acabou por afirmar que apenas quatro evangelhos, o de Mateus, Marcos, Lucas e João, poderiam ser considerados autênticos ou “canônicos”. Irineu também foi o primeiro a atestar que o Evangelho de João foi de fato escrito pelo apóstolo e que o Evangelho de Lucas foi escrito pelo mesmo Lucas que era companheiro de Paulo.
Porém, a fragilidade dos pergaminhos, as dificuldades decorrentes das muitas traduções, bem como a ausência de coordenação no trabalho dos copistas, acabaram por gerar versões absolutamente
díspares da mesma obra.


As várias versões eram motivo de divergência entre partidários de visões e interpretações diferentes.
No ano de 384, tentando por fim às divergências, o Papa Damaso confiou à Jerônimo a missão de comparar os textos e redigir uma versão latina do Antigo e Novo Testamentos, a que se denominou
“Vulgata”. Esse trabalho foi novamente revisto em duas outras oportunidades, dando origem ao
texto que utilizamos na atualidade.


Muitas alterações foram introduzidas ao texto, buscando embasar interpretações e justificar dogmas
defendidos por determinadas correntes do pensamento religioso.

É por este motivo que Kardec, no prefácio daquela que viria a ser a terceira obra da codificação,
esclarece sua finalidade e alcance ao explicar que podemos dividir as matérias contidas nos Evangelhos
em cinco partes: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as profecias; as palavras que serviram
para o estabelecimento dos dogmas da Igreja; o ensino moral.

As quatro primeiras partes, como observa Kardec, têm sido objeto de discussões por vários ramos
do pensamento religioso, mas a última permanece inatacável, quer sob a ótica religiosa ou filosófica,
de maneira atemporal. Foi este o motivo que levou Kardec a priorizar a perspectiva moral, que é a que
melhor reflete o conteúdo essencial do legado de Jesus.

Data de 1864 a primeira edição do Evangelho sob o título de Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo.

A partir da segunda edição, a obra passou a ter o título que hoje conhecemos, mas foi somente com
a terceira edição (1865), que o livro teve o seu conteúdo definitivamente estabelecido.

Kardec não pretendeu com esta
obra substituir o Evangelho de Jesus,
como muitos possam pensar, mas
dar-lhe uma explicação em concordância com o espiritismo.

Porém, esta obra provocou a reação daqueles acostumados a ensinar a moral cristã à força de dogmas e explicações enigmáticas, e o que
é pior, adulterando os ensinamentos de Cristo, tendo como base interesses próprios

A intenção dos espíritos, por meio do trabalho sistemático de Kardec foi, portanto, a de resgatar a essência dos ensinamentos de Jesus e que se
constituem na base do cristianismo.

Por meio da comparação entre os textos e do destaque ao conteúdo fundamental, Kardec nos fornece a chave para distinguirmos aquilo
que foi acrescentado por mãos humanas, daquilo que integra a verdadeira doutrina cristã.

O método do trabalho está na busca dos ensinamentos básicos, encontrados de forma coerente e harmônica nos textos evangélicos
e interpretadas à luz dos conceitos fundamentais do espiritismo, quais sejam: a evolução do espírito,
a justiça da reencarnação, a pluralidade dos mundos habitados e a comunicabilidade dos espíritos.

Kardec, ao simplificar o estudo dos Evangelhos, como esclarece Leon Denis em sua obra Cristianismo
e Espiritismo, busca suprimir as obscuridades do texto e revelar as verdades superiores que se
encontravam ocultas sob véus simbólicos,
ensinando ao homem “o que lhe é necessário para se conduzir moralmente na prática da vida”.
Por meio do Evangelho, Kardec nos ensina que o reino dos céus, antes inacessível, está dentro
de nós. Basta que queiramos seguir a jornada, nem sempre fácil, que nos conduz ao autoconhecimento
e que nos leva a amar aos outros como a nós mesmos.

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Ed–14–Editorial

 

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Maurício Romão
Presidente

Nova sede, novas oportunidades de trabalho

Um dia para entrar na história do IEE, 15 de junho de 2011, dia em que inauguramos a nova sede Ary Lex. Eram 20h e o auditório estava com lotação máxima. Ao som do piano iniciamos as festividades.

Muitas lembranças contadas ao longo das palestras, agradecimentos a tantosVamigos do IEE, que ao longo desses 62 anos fizeram a nossa história.

Ao final, agora com violinos, estava inaugurada a nova sede.


Foram três anos de projeto, cada pedacinho da nossa casa foi pensado e preparado para que pudéssemos aconchegar nossas atividades.

Embora a sede esteja nova, sabemos que cada tijolo foi na verdade sendo colocado a cada dia, por cada um de nossos voluntários, cimentados
pelo amor e carinho, durante tantos e tantos  trabalhos realizados ao longo desses anos todos.

Também só com a colaboração de todos chegamos à antiga sede da Leopoldo, construída com muito esforço. Depois veio a valorização do terreno e acabamos trocando de espaço, gerando recursos extras para os próximos anos.

O futuro

Terminada a inauguração passamos para a segunda fase do projeto.
Investir com sustentabilidade num projeto  filantrópico.
Nossa missão é educar e, portanto, não podemos nos afastar dela.

A evolução deve ser o objetivo de cada um, e só evoluiremos com consciência, e consciência vem do estudo e aplicação do aprendizado.

Já temos várias atividades voltadas à educação de adultos, como os cursos da doutrina espírita, estudos do evangelho, palestras, e temos
também cursos livres de inglês, informática, tricô e costura, artesanato, curso de gestantes e, mais recentemente, de alfabetização.

Já educamos bem os adultos, agora vamos abrir um novo segmento, o das crianças e adolescentes.

Este ano lançamos nosso projeto de evangelização das crianças, aos sábados pela manhã na nossa sede. Vale a pena ver a dedicação e o carinho de todas as voluntárias na condução das dinâmicas e atividades.

No entanto, o projeto que sonhamos é mais amplo. Ano passado fizemos uma aproximação com a Associação Lar Criança Feliz. São mais de 250 crianças em duas unidades, atendendo crianças entre 1 e 4 anos na creche, e de 6 a 16 no centro de juventude. Este ano intensificamos a parceria, assumindo a direção daquela casa, que agora passa a ser nossa também. São muitas atividades, e sem dúvida, muita responsabilidade.

Nosso projeto está delineado. Educação para todos, adultos, crianças e adolescentes.

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Ed–14–Capa

por Esterlita Moreira

 

Trabalho voluntário e espiritismo

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“Fraternidade, igualdade e liberdade, princípios solidários entre si, que norteiam a dinâmica
social do Espiritismo”.
(Allan Kardec, em Obras Póstumas)


O despertar para o trabalho voluntário vem crescendo muito nos últimos tempos. O olhar solidário para a dor do outro passou a mover
nossas ações. Não conseguimos mais ficar confortáveis com as nossas conquistas diante da precariedade que muitos ainda vivem.

Sob o nome de responsabilidade social, muitas empresas se abriram para esse caminho também,
incentivando seus funcionários a se envolver em projetos sociais.

E foi na década de 1990 que surgiram
as chamadas organizações não governamentais, as ONGs, que elaboram projetos sociais para diversos segmentos da sociedade, crianças, idosos e pessoas
com deficiência física, com o objetivo de reduzir os problemas sociais.

O Estado também não ficou de fora.

A Lei Orgânica da Assistência Social de 1993, advinda da reforma da Constituição Federal (1988) dá diretrizes para um trabalho organizado
na área social. A Carta Magna instituiu um capítulo inteiro dedicado a Ordem Social, inédito em toda a
nossa história. Assim constatamos três setores: estatal, empresarial e instituições não governamentais trabalhando na mesma direção,
a de promover o bem.

O olhar para os problemas sociais da humanidade é mais antigo, remontando ao século XIX.

Os primeiros filantropos, pensadores desse século, já estavam preocupados com isso. Durante
a primeira fase do desenvolvimento industrial, um fenômeno sócioeconômico chamou a atenção
desses pensadores – o pauperismo: a riqueza crescia na mesma proporção que a pobreza. E aí
perguntamos: seriam a riqueza e a pobreza responsáveis por todos os problemas? Não. O que faz crescer a desigualdade e os problemas
sociais, é que o homem ainda não percebeu que é um usufrutuário e não proprietário dos bens materiais.

Segundo Kardec, a riqueza desperta todas as paixões próprias da matéria, nos distanciando da perfeição moral e dos problemas dos outros.

Tanto a prova da riqueza quanto a da pobreza nos pede muita humildade e também muita ação.

E também se critica o desenvolvimento econômico-tecnológico que apesar de gerar desigualdades é muito importante, pois traz progresso e
aprendemos com Kardec que a Lei do Progresso (vide capítulo III de O Livro dos Espíritos) é inexorável, não é? Mas todo cuidado é pouco,
com o desenvolvimento desenfreado. A verdadeira Ordem Social, para Bezerra de Menezes, é
“o equilíbrio entre o progresso material e o aperfeiçoamento moral” (Coletânea Discursos Parlamentares).

E em Obras Póstumas, Kardec descreve o programa de uma ordem social justa: liberdade, igualdade
e fraternidade, e que nada se opõe mais a essa ordem do que o orgulho e o egoísmo. Isto significa dizer que os problemas sociais, na essência,
são problemas morais.

Nossa evolução não se dá em saltos. Evoluímos por etapas. E passando um olhar rápido por tudo
que já vivemos até aqui, em nossas diversas vidas, podemos observar que a nossa evolução moral é muito mais lenta que a nossa evolução
intelectual. O nosso aprisionamento ao material que nos rodeia ainda é muito forte, e nos distancia
do propósito principal, que é nosso melhoramento moral.

Não podemos nunca esquecer que TUDO VEM DE DEUS!

O trabalho voluntário cresceu e se organizou ao longo das duas últimas décadas. As ONGs se modernizaram também. Elaboram com cuidado
seus projetos sociais, definindo objetivos claros e contando com o trabalhador voluntário sério
e competente, que oferece uma parte do seu tempo útil colocando a disposição sua competência
profissional e seu amor para completar
o quadro de recursos humanos dessas instituições.

Reconhecido mundialmente, o trabalho voluntário
é uma contribuição importante na diminuição da miséria econômica, social e moral que ainda nos rodeia, constituindo-se assim numa
forma organizada que nos convida a praticar o amor e a caridade a todos os irmãos em necessidade.

E qual a relação de tudo isso com o espiritismo? O espiritismo nos leva à reflexão das nossas questões
essenciais, pelo estudo e pela prática da caridade. No espiritismo, a dinâmica da CARIDADE propõe
romper o egocentrismo social dos indivíduos em favor do altruísmo moral. Kardec, em O Livro dos
Espíritos, nos fala que devemos lutar para extirpar o egoísmo, porque é incompatível com a justiça,
com o amor e com a caridade.

Kardec ainda nos diz, em Obras Póstumas que, quando todos compreenderem a proposta do
espiritismo, compreenderão também a verdadeira solidariedade e a verdadeira fraternidade, que não
serão mais deveres de ocasião.

“O servidor que confia na Lei da Vida reconhece que todos os patrimônios e glórias do Universo pertencem a Deus. Em vista disso, passa no mundo, sob a luz do entusiasmo e da ação no bem
incessante, completando as pequenas e grandes tarefas que lhe competem, sem enamorar-se de si
mesmo na vaidade e sem escravizarse às criações de que terá sido venturoso instrumento” (Emmanuel)

Aqui no IEE, todas as atividades das áreas doutrinária, educacional e filantrópica, são realizadas por voluntários, que generosamente
integram nosso quadro de colaboradores. Em geral, todas as atividades, a exceção de alguns
trabalhos administrativos, somente acontecem com a participação assídua dos voluntários. E mais
trabalhos nos aguardam! Há poucos meses, a Associação Lar Criança Feliz integrou-se ao IEE.
A associação é mantenedora de uma creche e de um centro de juventude, que atende 250 crianças e
adolescentes, nas faixas etárias de 2 a 16 anos.

Com isso, as oportunidades de trabalho
voluntário tendem a crescer, e muito.

Concluindo, o espiritismo, como doutrina religiosa, filosófica e moral, age sobre as consciências dos
homens, modificando seu caráter, incitando-os à CARIDADE, à FRATERNIDADE, à JUSTIÇA.

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Ed–14–Matéria Especial

por Dálvaro Spínola

 

Elas precisam de você

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A Associação Lar Criança Feliz necessita de padrinhos para suas quase 300 crianças e adolescentes.
Há 320 à espera de novas vagas.

A Associação Lar Criança Feliz, que atende 255 crianças e adolescentes carentes e em situação de risco, está intensificando a campanha para
arrecadar recursos financeiros por meio de apadrinhamento ou de voluntários para digitar os dados de notas fiscais que são doadas por
estabelecimentos comerciais.


O motivo dessa iniciativa é que a lista de espera é ainda maior do que o número de crianças que já recebem assistência, chegando a 320.

Embora a entidade seja conveniada com a Prefeitura de São Paulo e receba uma verba mensal por criança
atendida, esse valor é sempre insuficiente para suprir todos os gastos necessários para um atendimento de qualidade, como os pequenos
merecem. Por isso, a Associação Lar Criança Feliz, dirigida pelo IEE (Instituto Espírita de Educação)
desde 2010, depende diretamente do trabalho voluntário de sua diretoria, de doações e arrecadação de recursos financeiros por meio da
organização de eventos. Tudo isso para manter uma infraestrutura com 27 funcionários contratados, divididos entre a creche Lar Criança Feliz
e o Centro de Juventude Nosso Lar.

A associação atende, gratuitamente, a população carente que reside e ou trabalha nos bairros onde
estão suas unidades, oferecendo assistência moral e material também às famílias, com objetivo de ajudar no desenvolvimento da criança.

Nesse cenário, recebem atendimento prioritário os desempregados e também aqueles com maior número de filhos. A entidade oferece assistência psico-pedagógica, social, alimentar, de saúde e higiene, com a finalidade de resgatar e ampliar
bons hábitos e comportamentos.

Seja, você também, um padrinho ou uma madrinha Para ser padrinho ou madrinha de uma criança basta doar R$ 20,00 por mês para o IEE. Também é possível apadrinhar mais de uma criança ao mesmo tempo. Além disso, a associação também está inscrita no programa da Nota Fiscal Paulista, da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, e pode receber doação de notas fiscais ou
cupons fiscais sem direcionamento do CPF do comprador.

Por isso, os voluntários da entidade percorrem diversos restaurantes para recolher os cupons sem CPF de seus clientes, que são depositados
em urnas instaladas junto aos caixas.

Posteriormente, esses cupons são digitados no site do programa da Nota Fiscal Paulista para que o Lar
Criança Feliz possa se beneficiar disso. É justamente nessa etapa do processo – a digitação dos dados -
que a Associação está necessitando de voluntários. Os interessados podem se inscrever junto às secretarias do IEE ou da Associação (confira o
endereço e telefone mais adiante).

A creche

Com a missão de reduzir o número de menores abandonados, candidatos à marginalidade, a creche “Lar Criança Feliz” assiste 100 crianças
de 1 a 4 anos, em sua maioria, filhos de mães solteiras ou separadas, que necessitam trabalhar para manter a família. A entidade funciona junto
à sede da Associação Lar Criança Feliz, na Vila Olímpia, um bairro de classe média alta que também concentra um grande número de empresas. Daí a necessidade da creche estar próxima ao local de trabalho das mães que moram na periferia da cidade.

Nada de tempo livre

Mas o que fazer com crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, matriculadas no ensino fundamental,
e que passam um período do dia sozinhos, expostos à violência e à marginalidade? Preocupada, sobretudo, com a violência que tem vitimado muitos menores da população carente e aumentado o número de pequenos infratores de rua, a Associação criou o Centro de Juventude Nosso Lar, com o propósito de dar continuidade ao atendimento dessas crianças. Longe de situações de risco, elas ocupam seu tempo de maneira digna, com atividades educativas, recreativas e profissionalizantes, sempre nos períodos em que não estão na escola.

Atualmente, 150 crianças e adolescentes são atendidos pelo projeto, com sede própria na rua Augusto José Avancini, 248, no Jardim São Jorge,
altura do km 18 da Rodovia Raposo Tavares. Trata-se de um bairro de periferia, onde moram famílias pobres, com carências de todo tipo, o que
aumenta ainda mais a importância do Centro de Juventude.

Infelizmente, nem todas poderão ser atendidas, mesmo após a conclusão do projeto de ampliação da Unidade II, que deverá aumentar a capacidade
de atendimento em mais 145 vagas, totalizando 300 crianças e adolescentes assistidas no local.

Uma história de amor

Piedade, Adelina e Iracema. Esses abençoados nomes serão sempre lembrados como exemplos de
coragem e dedicação ao próximo.

Penalizadas com a situação de abandono das crianças da favela localizada junto ao rio Uberabinha, na Vila Olimpia, que chegavam a ficar presas em seus barracos, enquanto os pais saíam para trabalhar, as três mulheres decidiram abrir
uma pequena creche.

No início, em julho de 1978, portanto, há 33 anos, elas alugaram uma casa na rua Santa Justina e começaram a atender doze crianças. Um mês
depois, já eram 25 e, em seis meses, passavam de 60. Após dois anos de trabalho e muita dedicação, as três amigas conseguiram o apoio da Prefeitura, passando a receber ajuda para custear as despesas.

Então, compraram um terreno na Rua Quatá e, após oito anos de trabalho persistente, construíram
o prédio onde, até hoje, funcionam a sede da Associação e a creche.

Assim, desde a sua fundação, o Lar Criança Feliz mantém uma creche, com o mesmo nome, que atende, em período integral, crianças oriundas
de famílias carentes, provendo-as da educação e cuidados com alimentação e higiene, enquanto
os pais trabalham para garantir o sustento de suas famílias.

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Ed–14–Por dentro do IEE

por José Luiz Mendieta Filho

O novo logotipo do IEE

“Quando recebi a tarefa de conceber um logotipo para a nova fase do IEE, confesso que senti o peso da responsabilidade,
mesmo com toda a minha experiência atuando na área de criação. Com a colaboração do Passarinho
e acima de tudo, recebendo inspiração do plano espiritual, procurei idealizar um logotipo que transmitisse a missão e a essência do IEE.
Conheça a seguir o raciocínio que permeou todo o processo criativo.”

Agradeço ao Eugene Liang pela ajuda na elaboração do texto a seguir.

Logo IEE2

A imagem ao lado representa a figura humana, em seu espírito encarnado. A cor azul-escuro
representa a densidade deste espírito. As bagagens, tribulações e aflições que comprometem a sua leveza e conferem a ele um peso muitas vezes difícil de suportar. Pendendo para o lado esquerdo, indicamos a sua busca por um elemento que possa trazer equilíbrio, que enfatize o oposto de tudo que ele está sentindo, que complemente aquilo que falta e permita a ele não apenas olhar para a frente - como ele já está fazendo - mas acima de tudo, seguir em frente.

 

 

Logo IEE3

A imagem ao lado representa o espírito do IEE. Em um ângulo diferente, não exatamente de frente, ele indica
uma participação coadjuvante. É a entidade que está ao lado, para dar suporte, amparo. Para abraçar os conflitos do espírito atribulado e acompanhá-lo no processo de “aperfeiçoamento”. É uma imagem maior, pois representa não apenas um,
mas todo o conjunto de atitudes, valores, princípios e trabalhadores que compõem o IEE. De cor esverdeada, tradicionalmente
utilizada para representar calma, tranquilidade e serenidade, esta imagem é o contraponto do azul. Ele pende para a
direita, garantindo o equilíbrio necessário e fundamental para que o outro espírito sinta-se protegido e acolhido.

 

Logo IEE4

O encontro destes dois elementos se dá nesta terceira imagem. É o momento do acolhimento.
É a representação do IEE em receber todos de braços abertos, de aceitar o espírito como ele é para então partir em busca de um estado mais elevado. Juntos. Um ponto importante nesta imagem é que a figura azul permanece em primeiro plano, indicando que ele é sempre o foco do IEE. E justamente em respeito ao
livre-arbítrio deste espírito, o abraço não é visto completamente fechado. A mensagem é clara: estamos aqui para recebê-lo de braços abertos. Você está rodeado de pessoas que desejam compartilhar uma energia positiva com você. Mas a escolha e decisão são sempre suas.

Logo IEE5

Nessa composição, o único ponto onde as imagens se cruzam, é ali que aparece o nome do instituto. Porque esta é a função do IEE: promover o encontro e desenvolvimento destes dois espíritos.

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Ed–14–Programação

por Sandra Maria Mello Dourado

Programacao

Doutrinária

Curso intensivo de iniciação ao estudo do espiritismo
Início em 2 de agosto, nas terças das 20h às 22h. Inscrições na livraria.

Curso de iniciação ao estudo do espiritismo
Oferece ao aluno conhecimentos básicos da doutrina espírita, para que ele possa ingressar nos cursos de
Educação Mediúnica ou de Evangelho.
Profs. Helda e Lúcia
Quartas das 20h às 21h30.

Curso de desenvolvimento e educação mediúnica
Visa educar e treinar o médium através de estudo e do exercício da prática mediúnica, proporcionando
segurança no processo das manifestações espirituais.
1º ano - Profs. Glaucia e Amilton
2º ano - Profs. Andrea e Sílvia
Quartas das 20h às 22h.

Curso: conhecendo e entendendo o evangelho
O curso nos dá a base para a análise do Evangelho, sobre o prisma científico, filosófico e nos ensina
a colocar em prática, no nosso dia a dia, os ensinamentos de Jesus.
Profs. Sônia, Adriano e Humberto
Quartas das 20h às 21h30.

Curso de educação espíritapara infância e juventude
(evangelização)
Sábados das 10 às 11h30
(das10h às 11h haverá palestra aberta ao
público), faixa etária: 3 a 18 anos.
Inscrições permanentes.

Atendimento fraterno
Destinado a qualquer pessoa que procure a casa espírita. Visa esclarecer e orientar, de forma preliminar, sobre o contexto espírita, além de encaminhar para atividades e atendimentos
segundo suas necessidades.
Segundas e quintas às 20h e quartas às 13h.

Palestras e passes
Segundas e quintas às 20h, quartas às 12h e sábados às 10h.

Filantrópica

Curso para gestantes
Com o objetivo de informar e acolher a gestante, o programa do curso é apresentado em seis encontros por uma equipe multidisciplinar voluntária,
composta por profissionais das áreas de psicologia, nutrição, pedagogia, serviço social, educação,
fisioterapia e médica (pediatria).
Quartas, das 15h às 17h.
A partir de agosto.

Encontro com pediatra
O encontro tem o objetivo de incentivar o aleitamento materno e tirar dúvidas das mães que já
fizeram o curso de gestantes.
Quartas às 13h30
(verificar agenda na área filantrópica).

Oficina de costura, tricô e crochê
Cursos gratuitos para confecção de casaquinhos e mantas para compor o kit enxoval do bebê. Produção
de peças para o bazar interno.
Terças e quintas, 14h30 às 16h30.

Oficina de artesanato
Cursos gratuitos de pintura e decoupagem em madeira. Produção para o bazar interno.
Terças e quintas, das 14h30 às 16h30.

Educacional

Curso de informática básica I
Quartas das 19h às 21h
e sábados das 09h às 11h.

Curso de informática - introdução à internet
Os cursos de informática proporcionam
a inclusão digital do aluno, permitindo acesso à internet.
Terças das 19h às 20h30.

Curso de inglês básico I
Segundas das 20h às 21h.

Curso de inglês básico II
Oferece uma aproximação com a língua inglesa, abrindo portas para um mundo globalizado.
Quartas das 18h50 às 20h.

Curso de alfabetização para adultos
Proporciona a educação básica através do conhecimento das letras e da leitura com interpretação de textos.
Terças, quartas e quintas das
14h30 às 16h30.

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Ed–14–Palestras e Palestrantes

 

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Ed–14–Importante

por Esterlita Moreira

Volta às aulas

No dia 02 de agosto, às 20h15, terá início o curso intensivo de

INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO

Serão 19 encontros, sempre às 3ª feiras, de agosto a dezembro, das 20:15h até 22hs. O curso possibilita a todos conhecerem a doutrina
espírita codificada por Allan Kardec. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na secretaria, com a Alzira.


No dia 03 de agosto, às 20hs, reiniciam as aulas dos cursos da área doutrinária:

INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO
DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO
CONHECENDO E ENTENDENDO O EVANGELHO

E no dia 06 de agosto, às 10hs, serão retomadas as atividades do curso de

EDUCAÇÃO ESPÍRITA PARA A INFÂNCIA E JUVENTUDE

Esperamos vocês!

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Ed–14–Aconteceu no IEE

por Esterlita Moreira

Inauguração da nova sede do IEE

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No último dia 15 de junho, foi inaugurada oficialmente a nova sede do IEE, a qual leva o nome de Ary Lex, como forma de homenagear este nobre espírito, que juntamente com outros valorosos trabalhadores construiu a bela história do Instituto Espírita de Educação, ao longo de seus 64 anos de existência.


As mais de 200 pessoas que participaram do evento foram brindadas inicialmente com peças musicais, executadas ao piano pela colaboradora Sueli Issa.

Em seguida, tiveram a oportunidade de conhecer uma retrospectiva histórica do IEE, desde sua fundação até os dias atuais, através de um vídeo e das explanações dos conselheiros Aldo Colasurdo,
Passarinho e André Gertsenchtein.


Depois o presidente do IEE, Maurício Romão, solicitou à querida trabalhadora Geny Oliveira que proferisse a prece de agradecimento.


Ao final, todos puderam conhecer as novas instalações do IEE, percorrendo seus três andares, e no final confraternizaram ao som dos músicos da companhia Violinos de São Paulo, o violinista
Francesco Baratto e o acordeonista Michael Szitaz.

O clima foi de alegria e emoção, não só pela concretização de um sonho acalentado por muitas gerações de trabalhadores do IEE, mas também pela oportunidade do reencontro com antigos
companheiros, que muito colaboraram com a instituição.


Como bem frisou o Passarinho, em sua explanação, o objetivo desta mudança não é a construção de uma nova sede, mas, sim, a oportunidade de ampliar o trabalho realizado pelo IEE, nas áreas
doutrinária, educacional e filantrópica, a fim de que a instituição continue a cumprir o objetivo que motivou a sua fundação: estudar e divulgar
a doutrina espírita, codificada por Allan Kardec, e praticar a caridade conforme nos ensina o Mestre Jesus.


Agradecemos a todos que prestigiaram a inauguração da nova sede e convidamos a participarem desta nova etapa do IEE.

 

Festa junina no IEE

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Aconteceu no dia 19 de junho, inaugurando o subsolo do edifício Ary Lex, a festa junina do IEE.

Em sua 4a edição, o evento contou com a participação dos alunos dos cursos da área doutrinária e das voluntárias das oficinas de artesanato e costura na montagem e na administração das barracas. Com nomes tão sugestivos, não se sabia ao certo o que de fato era barraca de brincadeira ou de comida: “frango na panela”, “vaca atolada”, “lanche do Hugo”, “boca do palhaço”, “pescaria”, “cachorro quente” etc. Nesse novo espaço, foi possível ter até barraca de churrasco
e pipoqueiro de verdade! E como em toda festa junina, o pessoal dançou quadrilha animada pelo
compadre Marco Antonio. E o melhor da festa, é que a renda foi revertida para os projetos filantrópicos do IEE.

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Ed–14–Expediente


Uma publicação bimestral: IEE - Instituto Espírita de Educação
Versão online:
www.jornaldoiee.blogspot.com
Rua Leopoldo Couto Magalhães, 695 - Itaim
Bibi - SP - Telefone 11 31676333
Editor Chefe: Rafael Berlese de Matos Dourado
Coordenação: Karina Jaccard Jornalista Responsável: Bárbara Moreira (55.466/SP)
Revisão Geral: Sandra Maria Mello Dourado Diagramação: José Luiz Mendieta Filho

Presidente: Maurício Ferreira Agudo Romão
Vice-Presidente: Rafael Berlese de Matos
Dourado
Diretoria Doutrinária: Sandra Maria Mello Dourado
Diretoria de Educação: Maria Inez Batista Araujo Diretoria Filantrópica: Esterlita Moreira
Diretor de Patrimônio: Nello Garbini
Diretor Financeiro: Luiz Carlos Palma
Vice-Diretor Financeiro: Adriano Melito
Primeira Secretária: Lúcia Maria Silva de Andrade Segunda Secretária: Cláudia Garbini

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Edição 13–maio e junho de 2011

 

capa

Editorial

Matéria de Capa
O Planeta em Transição
por Helga Klug Doin Vieira

Matéria Doutrinária
O Céu e o Inferno
por Glaucia Savin

Matéria Especial 1
O Evangelho no Lar
por Valéria Steagall Gertsenchtein

Matéria Especial 2
Pluralidade dos Mundos Habitados
por José Rodrigues Passarinho

Por dentro do IEE

Programação

Palestras e Palestrantes

Convite

Aconteceu no IEE

Expediente

Ed–13–Editorial


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Lúcia Maria Silva de Andrade
Primeira Secretária

A Lei de Reencarnação contribuindo no processo de renovação da terra.

 

Este mundo em que habitamos se caracteriza por apresentar inúmeros problemas, afetando a  rajetória dos indivíduos e sua relação entre eles.


A humanidade, imperfeita e atrasada, escrava das paixões neste mundo de expiações e provas, enquanto não se modificar, não se regenerará.


Para auxiliar na elevação moral dos homens, o próprio Cristo veio à Terra e deixou seu legado: seu evangelho de Luz.


Séculos depois, esse marco inconfundível da história é acrescido com novos conhecimentos divinos que os homens não haviam assimilado devidamente, e surge o consolador prometido, o Espírito da Verdade.


No que diz respeito aos conhecimentos referentes à matéria, o homem avançou muito com as ciências e, como consequência, o mundo em que estamos apresenta-se diferente e melhor que o de séculos anteriores.


No entanto, os conhecimentos científicos referentes à matéria não são suficientes para o encaminhamento do homem ao seu destino: o mundo espiritual. O homem é um ser, no qual prevalece o espírito e não o corpo perecível.


A Terra está em processo de transição para o mundo de regeneração e os espíritos que não estiverem adequados ao planeta Terra, seguirão sua trajetória em outro plano, de acordo com a sua evolução.

Muitos espíritos mais evoluídos estão chegando a Terra através da reencarnação para ajudarem o planeta neste processo de transição.


Esse tempo de transição será correspondente aos esforços, ao trabalho adequado, ao aproveitamento visado pelos espíritos que encarnam e reencarnam neste planeta.

Como observa Emmanuel (A Caminho da Luz, p. 84 – 14a ed. FEB)... “a transformação da Terra, de mundo de expiações e provas para mundo regenerado, só se dará quando a maioria de seus habitantes estiver liberta das paixões provenientes do orgulho, do ódio, da inveja que infelicita,
sentimentos inferiores substituídos pelo amor fraterno, a caracterizar as relações humanas. Nesse mundo regenerado, expurgado dos rebeldes,


já encaminhados a outro orbe, compatível com suas condições evolutivas, ainda haverá diferenças individuais, seus habitantes ainda se sujeitarão
às leis da matéria, com suas imposições”.


O espiritismo vem ao mundo na hora certa para a grande missão das transformações necessárias à civilização verdadeira da Terra.


Sem desconhecer os núcleos dos homens que já compreenderam a necessidade do aperfeiçoamento, quanto à moralidade, à fraternidade e aos conhecimentos novos, cabe aos espíritas, de forma especial, a grande responsabilidade de trabalhar incessantemente pela obra da regeneração. Por isso, as verdades da reencarnação, com as vidas
sucessivas proporcionando a clemência dos erros e o progresso individual, os ensinos morais do Cristo, com base no amor, na justiça e na caridade,
o conhecimento das leis divinas vem proporcionar ao homem apoio essencial para as edificações futuras. Somos os trabalhadores da última hora.

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Ed–13–Capa

por Helga Klug Doin Vieira

O planeta em transição

 

Os progressos científicos e tecnológicos são incontestáveis.


Resultam da aplicação dos homens para conquistas no campo do conhecimento, os quais vem gerando
desenvolvimento material e humano.

No entanto, em matéria de desenvolvimento moral e espiritual a humanidade tem se descuidado,
entravando os avanços indispensáveis para alçar os voos rumo à felicidade preconizada.

O aprimoramento dos sentimentos entre os homens, especialmente o da solidariedade e da fraternidade,
expressões de amor ao próximo, ainda deixam muito a desejar, face ao plano do Criador.

O Espírito da Verdade assim se manifestou: “Para que na terra sejam felizes os homens, é preciso que
somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente se dediquem ao bem”.[1] O homem é corpo e espírito. O espírito é instrumentalizado pelo corpo, tendo a sua trajetória traçada rumo à plenitude. O grande compromisso
do homem é o progresso espiritual.


Avanços científicos, materiais e sociais estão a serviço da ascensão maior, a evolução do espírito.


Novos tempos se aproximam. Nosso planeta Terra passará de “mundo de provas e expiações” para “mundo de regeneração”.


A transição planetária prevista e em andamento, vem sendo relatada pelos espíritos que acompanham esse processo evolutivo, no mundo espiritual, preparando, inclusive, as condições para
o desencadeamento das transformações preconizadas, trabalhando encarnados e desencarnados, na realização do Plano Maior.


A transformação da Terra em mundo de regeneração não se dará por um cataclisma, nem ocorrerá um
aniquilamento de toda a humanidade.

A transformação ocorrerá paulatinamente,
por meio da encarnação de espíritos de características morais peculiares, selecionados e gerados para habitar este planeta, com a
finalidade de possibilitar a transição num processo natural e contínuo.


Os dias da transição já se iniciaram. Somos todos partícipes desse processo. Cabe a todos tomar um
especial cuidado com a sua conduta, pensamentos e ações.

Nesse processo de transformação duas gerações irão conviver por algum tempo: a geração do mundo de provas e expiações e a geração encarnanda
do novo mundo de regeneração.


Deste modo, num processo gradual, não restará espaço no planeta Terra para os espíritos que não realizaram os objetivos do sentimento do bem.


A transição planetária é inexorável.


O progresso da humanidade ocorre por lei divina, justa e soberana.


No Evangelho segundo o Espiritismo, o Espírito da Verdade alerta: “aproximase o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da humanidade”.[2]


No mesmo sentido, Bezerra de Menezes vem revelando, nas últimas décadas que “o Espírito da verdade está conosco e nos acompanhará neste novo ciclo, até o momento, quando o mundo de regeneração se encontre instaurado e instalado na
Terra”[3].


No livro Transição Planetária[4], ditado por Manoel Philomeno de Miranda para o médium Divaldo Pereira Franco, podemos observar o encaminhamento
do processo de transição em curso.

Tudo está sendo preparado no mundo espiritual. Espíritos superiores trabalham na transformação da Terra, nos moldes projetados.


O processo de transição está a exigir uma reprimenda para a humanidade. Muitas situações de sofrimentos estarão ocorrendo, causando fortes
impactos emocionais e materiais nos humanos. Serão vivenciadas ocorrências de concussão geológicas e climáticas, até processos de dor
física e moral, como oportunidade para o despertar da humanidade para o bem e para a solidariedade.


Essas ocorrências são parte de um plano maior. Por meio destes eventos está sendo concedida aos
homens a chance de acordar do egoísmo e do individualismo.


A espiritualidade prepara encarnações de espíritos trabalhadores da regeneração e auxílios espirituais dirigidos aos encarnados do planeta, no intuito de
sensibilizar a todos para a prática do bem.


Espíritos de outra dimensão, de avançada evolução espiritual, generosamente aqui encarnarão, para
cooperar na construção da paz e do amor no nosso planeta em transição.


São espíritos vindos de moradas mais adiantadas, que assumem o compromisso da auto iluminação e de desenvolvimento da nossa Terra amada.


Grande número desses espíritos alienígenas já se encontra em colônias próximas da Terra, em processo de preparação e de reconhecimento
dos modos terráqueos, assimilando a difícil tarefa a que se propõe com abnegação, exclusivamente por
amor ao próximo.


Também são grandes as tropas espirituais inferiores que semeiam a hediondez no nosso planeta. Muitos
espíritos encarnados e desencarnados ainda não se libertaram de rancores de épocas pretéritas e resistem ao bem.


No processo da transição planetária, espíritos especialmente evoluídos estão preparando essa transformação com encarnados e desencarnados.
O mundo espiritual está trabalhando arduamente: alguns estão preparando as novas encarnações, outros trabalhando os desencarnados nas trevas, outros auxiliando e orientando os que sofreram com os cataclismas físicos, sociais e morais; e outros
ainda organizando no plano maior a transição, através de reuniões, esclarecimentos e encaminhamentos, dando suporte fluídico
aos trabalhadores do bem.


O processo é lento e gradual e espíritos como o de Manoel Philomeno de Miranda, Ivon Costa, José Lopes Neto, juntamente com tantos outros
de diferentes origens e religiões, dedicados à prática do bem e do amor ao próximo, estão na fileira
dos trabalhadores da transição do planeta Terra.
Tudo restará renovado ao término da transição: os cataclismas desaparecerão, o organismo físico experimentará modificações especiais, as formas humanas serão mais leves e gráceis e a futura atmosfera física e moral da terra gozará de felicidade
própria do mundo de regeneração.


Diante dessas revelações, resta a cada humano cumprir o compromisso de amor ao Criador e ao próximo, para obter êxito na transição e participar
do novo mundo de regeneração.


[1] KARDEC Allan - A Gênese, Cap. XVIII, item 27 e 28. 13ª ed. FEB
[2] O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XX, item 5, Ed. FEB.
[3] FRANCO, Divaldo. Mensagem “Instalação da
Nova Era”, Revista Reformador. Maio 2007.
[4] FRANCO Divaldo - Transição Planetária (pelo
Espírito Manoel Philomeno de Miranda)
Salvador: Livraria Espírita Alvorada Editora,
2ª ed., 2010.

 

transicao

Nesta extraordinária obra, ditada pelo  espírito de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo Pereira Franco, agora em segunda edição acrescida de índice remissivo, elaborado por Geraldo
Campetti Sobrinho, nossos caros leitores conhecerão os mecanismos e as razões de ordem superior de transição planetária, em favor das mudanças urgentes e necessárias que promovam o respeito às
leis, à ética e à natureza, transformando o
homem num ser integral, consciente dos seus deveres para com Deus, consigo próprio e o próximo.
Estamos no limiar da grande transição, em que nosso planeta passará da condição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração.


Isso já constava no planejamento celestial há muito tempo e não se dará, obviamente, num passe de mágica, pois se trata de um processo de transformação lento e gradual, porém, impostergável.

As tragédias naturais, como o tsunami do oceano índico – objeto de nossas considerações – fazem parte desse processo, pois elas têm o objetivo de
fazer a humanidade progredir mais depressa, através do expurgo daqueles espíritos calcetas, refratários à ordem e à evolução moral e espiritual, que já não podem mais ser retardadas. Eles passarão
algum tempo em outras esferas, aprendendo as leis do amor e do bem, até que tenham condições de retornar ao nosso planeta, para dar seu contributo em benefício do progresso da humanidade.

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