Edição 16–Novembro Dezembro 2011

 

capa

Editorial
Rafael  Berlese de Matos Dourado
Vice-presidente do IEE

Matéria de Capa
O sentido espírita do natal
Glaucia Savin

Matéria Doutrinária
A lei divina ou natural
André Steagall Gertsenchteincia Maria Silva de Andrade

Matéria Especial
EURÍPEDES BARSANULFO
Guilherme Steagall Gertsenchtein

Por dentro do IEE
PROF. HERCULANO PIRES: “O educando é um reencarnado”
Lucia Andrade
Programação
Palestras e palestrantes
Importante
Vai acontecer no IEE
Aconteceu no IEE
Expediente

Ed–16–Editorial

 

Rafael

Rafael Berlese de Matos Dourado
vice-presidente do IEE

SEGUINDO A JESUS.

“E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo.” – Jesus (Lucas, 14:27)

Ao nos aproximarmos do Natal e da chegada de um novo ano, gostaríamos de propor aos leitores uma singela reflexão:

Como estamos conduzindo nossa atual existência?

Como temos aproveitado as oportunidades recebidas nesta encarnação?

Qual o espaço temos dado a Jesus em nosso cotidiano diário?

Temos ouvido, aprendido e exemplificado os seus ensinamentos?

A vida de cada criatura consciente é um conjunto de deveres para consigo mesma, para com a família de corações que se agrupam em torno dos seus sentimentos e para com a Humanidade inteira. (1)

Para cumprirmos com estas tarefas, enfrentando e vencendo nossos desafios, é necessário buscarmos Jesus, seguindo seus passos, com simplicidade e determinação, trabalhando, aprendendo e servindo.

Dever e renovação.

Serviço e aprimoramento.

Ação e progresso.

Responsabilidade e crescimento espiritual.

O momento é de renovação!

O tempo passa rapidamente. Sucedem-se os anos, mas os dias são sempre novos. Cada hora que surge pode ser portadora de reajustamento. Se possível, não deixemos para depois os laços de amor, do bem e da paz que podemos criar agora, em substituição às pesadas algemas do orgulho, egoísmo e da intolerância.

Dispomos, assim, de 365 ocasiões de aprendizado e recomeço no novo ano que se aproxima.

Não percamos tempo e oportunidades, olhando para o passado, ou nos afligindo com o que possa a acontecer no futuro.

Tenhamos a certeza de que nós somos os arquitetos de um futuro melhor, construtivo e efetivo para o nosso progresso material, moral e espiritual, e de todos aqueles com que nos relacionamos.

Agindo diariamente com fraternidade, tolerância, caridade, conforme o exemplo luminoso do Mestre Jesus, colaborando para a construção de um mundo melhor.

Não é fácil quebrar antigos preceitos do mundo, que nos orientam a agir contrariamente aos ensinamentos de Jesus, todavia, tais preceitos resultaram na construção de uma sociedade doente, cujos sintomas afetam todos nós: guerras, violência, intolerância, doenças, miséria, fome.

Mas é necessário mudar. Precisamos renovar nossos propósitos, valores, deliberações e atitudes, renascendo e vivendo uma nova vida.

Trabalhando para superar os obstáculos que nos cercam e alcançando a vitória sobre nós mesmos, vivenciando todos os dias a moral do Cristo Jesus: “fazer ao próximo aquilo que gostaríamos que nos fosse feito.”

A verdadeira comunhão com Jesus só é possível, se vivermos conforme ele nos ensinou.

Assim, reflitamos sobre isto, certos de que a misericórdia e o amor divinos são imensos.

Um Feliz Natal e que 2012 seja um ano de renovação para toda a humanidade.

(1) Fonte viva, mensagem 58– Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

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Ed–16–Capa

por Gláucia Savin

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O sentido espírita do Natal

Sem dúvidas, no calendário ocidental, o Natal é a data mais celebrada e também aquela cercada do maior número de simbolismos. Para entender o sentido que, como espíritas, devemos atribuir ao Natal, temos que recordar a origem de alguns destes símbolos e de seus significados.

A data de nascimento de Cristo é bastante controvertida, pois os antigos não possuíam calendários fixos, como na atualidade. O tempo nas sociedades predominantemente agrícolas era relacionado ao passar das estações do ano. Mesmo os romanos possuíam calendários diferentes: o calendário do Imperador Júlio Cesar se iniciava em julho e o de Augusto, em agosto. Os meses tinham números de dias variáveis, de acordo com o imperador reinante.

Quanto à data do nascimento de Cristo, conta-nos a Bíblia que César Augusto, então Imperador Romano, ordenou por meio de um decreto, o recenseamento da população do império. A ordem teria sido cumprida pelo Governador sírio, Quirino. De acordo com a ordem, cada um deveria apresentar-se à sua cidade natal. Por este motivo, José, pai de Jesus, embora habitasse em Nazaré, na Galileia, por ser descendente da casa de David, deveria alistar-se em Belém com sua mulher, Maria. Embora todos os fatos estejam consoantes com a narrativa bíblica, historiadores datam o recenseamento no ano 6 d.C.

O Evangelho de Mateus nos conta que Jesus nasceu durante o reinado de Herodes, o Grande. Herodes morreu em 4 a.C. Isto significa que Jesus pode ter nascido antes de 4 a.C.

O tradicional dia 25 de dezembro tem como origem o Solstício de Inverno que marcava a despedida da estação de calor e o período de descanso do solo no hemisfério norte. Esse acontecimento era marcado por comemorações pagãs, as Saturnálias, que tinham início no dia 25 de dezembro e se estendiam por doze dias, até o dia seis de janeiro. Para substituí-las, no ano de 350 d.C, por meio de um decreto do Papa Julio I, a data de 25 de dezembro foi oficialmente fixada como Natal, celebrado até hoje por nós.

A estrela de Belém, outro importante símbolo natalino, decorre de relatos que reportam à existência de uma estrela que brilhou sobre as colinas da cidade durante algumas noites e, depois, desapareceu, como se houvesse se consumido. Astrônomos da época consideraram tratar-se de um meteoro que poderia ter se incendiado. Na atualidade, pensa-se que a população da época pode ter presenciado a explosão de uma supernova. De qualquer maneira, vários cálculos baseados em astronomia, história e na Bíblia acabaram situando a data deste acontecimento astronômico entre o intervalo entre 7 e 4 a.C.

Mas, então, qual a data do nascimento de Cristo? E qual seria o sentido do Natal?

Como sabemos, Jesus é o espírito que se responsabilizou pelo desenvolvimento dos espíritos que encarnaram na Terra. Por seus elevados ensinamentos morais, Jesus tem sido um modelo e um guia para a humanidade, assim reconhecido mesmo por não cristãos.

A despeito, portanto, das controvérsias sobre a data de seu nascimento, retomemos a esplêndida lição de Vinícius, em sua obra Considerações sobre a Doutrina de Jesus sobre o nascimento do Cristo e façamos um paralelo:

Se perguntássemos ao apóstolo Paulo onde e quando Jesus nasceu, ele nos responderia que Jesus nasceu na Estrada de Damasco, quando sua intensa luz chegou a cegá-lo;

Se perguntarmos a Madalena, onde nasceu Jesus, ela nos responderia que Cristo nasceu em Bethânia, quando a pureza do Mestre a tocou, renovando seus sentimentos e convocando-a para uma nova vida;

Se fizermos a Pedro a mesma pergunta, ele nos responderá que Jesus nasceu para ele no átrio de Pôncio Pilatos, no momento em que o galo, cantando pela terceira vez, despertou sua consciência para a verdade;

Quando indagarmos a Zaqueu, o publicano, ele nos dirá que Jesus nasceu em Jericó, numa manhã de sol, quando o Mestre o viu postado no alto de uma árvore para vê-lo passar;

Para Tomé, o incrédulo, o Mestre nasceu em Jerusalém, quando pode testemunhar que a morte não tinha poder algum sobre o Filho de Deus;

Por fim, para Dimas, o bom ladrão, Cristo nasceu no alto do Calvário, justamente quando a ignorância da humanidade pretendia aniquilá-lo para sempre.

Cada um de nós, a exemplo das figuras da história, tem registrado em nosso íntimo, a data em que Jesus nasceu em nossos corações, convocando-nos, de forma inapelável ao nosso desenvolvimento moral por meio da prática do bem. Essa é a data do nosso Natal pessoal que, fraternalmente, compartilhamos juntos, no dia 25 de dezembro, em um momento que procuramos reunir nossas famílias e amigos, em torno do ideal cristão.

Percebemos que o calendário não importa. O que vale é podermos, a cada comemoração, nos voltarmos às lembranças que nos reportam ao nosso encontro pessoal com o Mestre, agradecidos pela oportunidade de renovação na trilha da fraternidade universal. E nestes inesquecíveis momentos de elevação e amor, ao dirigirmos nossas mentes em prece de gratidão, podemos ouvir os cânticos dos espíritos de luz ecoando no espaço: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”.

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Ed–16–Matéria Doutrinária

por André Steagall Gertsenchtein

A lei divina ou natural

Logo que comecei a participar mais ativamente do estudo semanal em minha casa, passamos a ler os livros da Obra Básica[1], em vez dos livros de crônicas lidos quando minha irmã mais velha e eu éramos incapazes de seguir leitura mais complexa.

Ganhamos, minha irmã e eu, nossos exemplares do Livro dos Espíritos (que tenho até hoje). Tomei banho e me arrumei - melhor camisa, calça de sair - afinal, havíamos combinado que eu e ela faríamos a leitura das perguntas de forma alternada.

Coube à minha irmã, mais velha, a leitura da primeira pergunta. Era sobre Deus:

1 O que é Deus?

– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

Fiquei incomodado (com dez anos!). Pareceu-me uma resposta evasiva. "Vai ver que na próxima pergunta eles explicam melhor...", pensei. E a próxima quem leu foi eu:

2 O que devemos entender por infinito?

– O que não tem começo nem fim; o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.

Fiquei mais frustrado. "Acho que na verdade ninguém sabe direito explicar o que é Deus e ficam enrolando...", pensei. Mas esperei até a terceira pergunta, já que era vez da minha irmã, para me queixar ao meu pai:

3 Poderíamos dizer que Deus é infinito?

– Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima de sua inteligência. Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é infinito é tomar o atributo de uma coisa por ela própria, é definir uma coisa que não é conhecida por uma outra igualmente desconhecida.

Aí já era demais! Fiquei com certeza que ninguém sabia direito o que era Deus e que assim era melhor largar aquele Kardec e voltar a ler os livros de contos (Irmão X) que meus pais liam antes. Reclamei com meu pai que a explicação era enrolada e que assim ninguém nunca ia entender nada. Se o resto do livro fosse assim, era melhor deixarmos este Kardec de lado e encontrar outra coisa para estudar.

Paciente, meu pai explicou ser difícil explicar a natureza de Deus em palavras que pudéssemos entender por conta de nossas próprias limitações. Falou que era melhor entender Deus por suas obras. "Sei..." - pensei. "Ele também não entendeu nada e não quer admitir...".

Continuamos, apesar dos meus protestos, a estudar O Livro dos Espíritos. Apesar de resistir em admitir, fui me interessando pelos assuntos, pois, ao contrário das explicações sobre Deus, o resto era muito bem explicadinho.

A reencarnação, por exemplo, resolvia todas as minhas dúvidas sobre a injustiça aparente das diferenças entre situações das pessoas. Por que havia pobres e ricos? Cultos e incultos? Agressivos e pacíficos? Donde os afetos e desafetos aparentemente gratuitos?

A pluralidade dos mundos habitados, resolvendo a questão (ilógica) de sermos os únicos seres inteligentes num universo tão grande e rico.

A evolução, tão interessante, tendo por grande ferramenta a própria reencarnação, me parecia ideia de uma inteligência impressionante.

Mas eu continuava invocado com a explicação de Deus...

E assim prosseguimos com a leitura, por dois anos. Passei a adorar as explicações de Kardec, tão claras, a respeito de temas sobre os quais, em outros lugares, não havia qualquer explicação.

Éramos espíritos criados simples e ignorantes. Com as diversas experiências, íamos adquirindo livre-arbítrio e passávamos a participar da escolha de nossas provas e, consequentemente, influenciar em nossa própria evolução. Todos seríamos perfeitos.

Percebi que a lógica daquilo que aprendia - aquela lei que meu pai chamava de "Lei Natural" - era educativa, e não punitiva. Era de uma justiça cristalina. Mais inteligente que a lei aplicada no nosso mundo...

E assim terminamos, dois anos depois, a leitura do Livro dos Espíritos.

Havia achado o livro muito legal. As coisas que ele falava eram lógicas, justas e belas. A Lei Natural que ele pregava era de uma sabedoria impressionante.

E (melhor de tudo), fora aquela "briga" inicial com Deus, entendi tudo! Era quase como se alguém muito, mas muito inteligente e sábio tivesse imaginado tudo aquilo... Certamente a tal "Lei Natural" não podia ter surgido do nada.

Neste momento, percebi que, dentro de minhas limitações, havia entendido Deus também.

Não por explicações de como ele é fisicamente, ou mesmo de sua origem. Mas porque, de fato, eu senti que por trás daquela Lei Natural - ou Divina - só poderia haver uma inteligência superior, que resolvi, a partir de então, chamar de Deus.

Fiquei preocupado: como será que Deus vai reagir quando souber que até agora eu não acreditava nele? Depois de pensar um pouco resolvi propor um acordo:

"Deus, já que você é perfeito, tenho certeza que não ficou muito bravo comigo só porque duvidei um pouquinho de você".

"Além do mais", pensei, "se ele sabe de tudo, já sabia que eu ia acabar acreditando nele".

E fiz minhas pazes com Deus.

André Steagall Gertsenchtein é associado do Instituto Espírita de Educação desde 1985, admirador incondicional de Kardec e deixou de tentar entender coisas que sua pequena cabeça não pode compreender, tal como de onde surgiu Deus.


[1] Chamamos assim ao conjunto dos livros de autoria de Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, O que é o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno, A Gênese e Obras Póstumas. Este último é uma coletânea de trabalhos dele publicados após seu falecimento.

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Ed–16–Matéria Especial

por Guilherme Steagall Gertsenchtein

EURÍPEDES BARSANULFO

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Nascido no dia primeiro de maio de 1880 em Sacramento-MG, foi o terceiro filho dentre treze do casal Hermógenes Ernesto de Araújo (Seu Mogico) e Jerônima Pereira de Almeida (Dona Meca). Espírito de grande destaque dentre aqueles que se alistaram para ajudar no desenvolvimento do espiritismo no Brasil, foi antes de tudo um cristão de dedicação incansável às causas alheias e de coração inundado de convicção pelas suas lutas.

Infância e Juventude

Eurípedes teve infância muito pobre. Desde cedo demonstrava preocupação com as pessoas sofredoras. Em certo momento, a família mudou-se para a Estação do Cipó (Companhia Mogiana), onde seu pai foi gerenciar uma casa comercial. Eurípedes procurava sempre ajudar o pai. Sua doce preocupação era ganhar dinheiro para a mãe, carregando malas e guardando animais. Quando já tinha certa quantia a entregou à mãe em um cofre improvisado: "Guarde para o dia em que a senhora não tiver pão em casa". Estes recursos também bancaram os livros que fundamentaram sua educação formal.

Após três anos, retornou para Sacramento, ingressando no Colégio Miranda. Destacou-se nos estudos e exerce funções de monitor ajudando nas atividades pedagógicas. Em casa, cuidava da educação dos irmãos. Em 1902, Eurípedes e o pai dirigiram-se ao Rio de Janeiro para matriculá-lo na Escola de Medicina da Marinha. De volta a Sacramento, Dona Meca foi acometida por uma crise e Eurípedes compreendeu que a tristeza da mãe devia-se a separação próxima. Quando D. Meca se refez, encontrou a mala do filho desfeita. Eurípedes nunca mais tocaria no assunto.

Estudou homeopatia nos livros de um amigo, Ormênio, sempre buscando a cura para sua mãe, que era acometida por crises. Com recursos próprios, criou pequena farmácia homeopática que atendia os necessitados da periferia da cidade – anos depois esta veio a se chamar Farmácia Espírita Esperança e Caridade e que então prosperou sob a assistência de Bezerra de Menezes. Todas as manhãs visitava os assistidos da farmácia como também trabalhava na casa comercial do pai, auxiliando no balcão e efetuando a escrituração do movimento comercial.

Em 31 de janeiro de 1902, juntamente com seus antigos professores, fundou o Liceu Sacramentano, onde lecionava, quando necessário, todas as matérias do curso. Os mais capacitados na cidade foram chamados para compor a equipe do colégio - havia grande preocupação com a formação dos alunos. Mesmo antes de conhecer o espiritismo, Eurípedes já demonstrava preocupação com os problemas do espírito, valorizava e sustentava equipes de colaboradores.

Era católico fervoroso. Foi coroinha da igreja e co-fundador da Irmandade de São Vicente de Paulo. Em contato com Padre Deodoro, Eurípedes teve acesso a uma Bíblia – em época onde o livro sagrado era restrito – tendo lido sobre as bem-aventuranças. Não conseguiu compreender como Cristo prometera consolações aos sofredores. E a partir dessa dúvida, que ninguém conseguiria dirimir, Eurípedes se tornou insatisfeito.

Conversão ao espiritismo

Em 1903, Mariano da Cunha, seu tio que era espírita, emprestou-lhe o livro Depois da Morte, de Léon Denis. Ficou profundamente impressionado compreendendo que a humanidade sempre recebe o amparo divino. Abalado em suas convicções católicas, ele começou a restringir sua presença na igreja.

Em 1904, assistiu a uma sessão espírita na fazenda Santa Maria, pedindo em pensamento a João Evangelista que ofereça maiores esclarecimentos a respeito das bem-aventuranças. Ouviu este lhe dar então a mais extraordinária dissertação sobre o discurso de Jesus, por intermédio do médium Aristides, que era analfabeto. Dias depois, em Santa Maria, Mariano recebeu mensagens de Bezerra de Menezes e Vicente de Paulo, revelando ser este último seu guia espiritual e comentando a respeito de sua missão.

Então, despertado e convicto, converteu-se ao espiritismo. Procurou o padre, devolveu a bíblia tomada por empréstimo e colocou à disposição do mesmo o cargo de secretário da irmandade. Iniciou a realização de um culto diário que, 107 anos depois, ainda acontece na Chácara Triângulo – sem nunca ter sido interrompido.

Repercutiu estrondosamente tal acontecimento e em poucos dias começou a sofrer as conseqüências de sua atitude incompreendida. Persistiu lecionando e ainda incluiu o ensino do espiritismo no Liceu Sacramentano, o que provocou forte reação. Pais chegaram a oferecer-lhe dinheiro para que desistisse e, ante sua recusa, alunos foram retirados um a um.

Sob impiedosas perseguições, Eurípedes ficou traumatizado e retirou-se para tratamento em Santa Maria, época na qual desabrocharam suas várias faculdades mediúnicas, especialmente a de cura, despertando-o para a vida missionária. Um dos primeiros casos de cura ocorreu com Dona Meca que, restabelecida, tornou-se valiosa assessora em seus trabalhos.

Em 1905, fundou o Grupo Espírita Esperança e Caridade, onde realizava reuniões e prestava auxílio. Foi médium inspirado, vidente, audiente, receitista, psicofônico, psicógrafo, de desdobramento e de bicorporeidade.

O Combate pela Igreja

Eurípedes sofreu ataques por parte do Clero, culminando em processo penal sob a acusação de exercício ilegal da Medicina, em 1917. Todavia, nenhum dos juízes envolvidos quis pronunciá-lo, acabando o caso finalmente prescrito.

Em outra ocasião o Clero passou a desenvolver campanha difamatória contra o espiritismo, brilhantemente defendido por Eurípedes no jornal “Alavanca”. Seus opositores trouxeram de Campinas o Reverendo Padre Feliciano Yague, famoso por suas pregações, convencidos de que infringiriam o golpe derradeiro no espiritismo. Feliciano desafiou Eurípedes para debate em praça pública e debateu insultando a doutrina e os espíritas, mostrando convicções repletas de intolerância e de sectarismo e argumentos inconsistentes. Eurípedes aguardou serenamente, iniciando sua fala com prece belíssima. Apresentou a defesa dos princípios nos quais se alicerçavam seus ensinamentos e apontou com delicadeza os desvirtuamentos apregoados pelo reverendo, deixando claro que seus argumentos eram enganosos e reforçando a lógica e a força dos ensinos apregoados pelo espiritismo.

Terminou ovacionado e, reconhecendo o estado de alma do eeverendo, Eurípedes abraçou-o fraterna e sinceramente, como sempre o eram seus pensamentos e atitudes.

O Colégio Allan Kardec

Sob a orientação de Maria Santíssima, que assumiu a responsabilidade pela proteção da instituição através de psicografia pelo próprio Eurípedes, mudou o nome do Liceu para Colégio Allan Kardec, que é inaugurado em 01/04/1907, com pedagogia essencialmente espírita.

Dentro desta visão de educação, Eurípedes celebrava a vitória de um currículo que se impunha sobre o preconceito. Como costumava dizer: “poderoso é o sol da verdade”.

O colégio ficou conhecido em todo o Brasil, funcionando ininterruptamente desde sua inauguração, com cerca de 200 alunos, até 18 de outubro de 1918, quando foi obrigado a fechar devido à grande epidemia de gripe espanhola.

Desencarne

Eurípedes prevê sua própria desencarnação durante a mencionada epidemia. Em meio a atendimentos, no dia 24 de outubro de 1918, aparece febril, mas continuou junto aos enfermos. Somente busca repouso por insistência de sua mãe e D. Amália, sua secretária por muitos anos. Esgotado, desencarnou em 01 de novembro de 1918, rodeado de parentes, amigos e discípulos. Seu funeral foi amplamente concorrido pela população da região.

Conclusão

Eurípedes, como especial espírito de luz, sempre buscou a verdade usando sinceridade integral em seus sentimentos e palavras, jamais julgando alguém. Sigamos seu exemplo, em nosso dia-a-dia: fazendo sempre tudo bem feito e pelo próximo, para não termos que voltar à mesma lição.

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Ed-16-Por dentro do IEE

por Lucia Andrade

PROF. HERCULANO PIRES: “O educando é um reencarnado”

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“O ser humano, em todas as épocas e em toda parte, foi sempre o mesmo. Sua constituição física, sua estrutura psicológica, sua consciência são iguais em todos os seres humanos. Essa igualdade fundamental e essencial é o que caracteriza o homem”. Essas são palavras constantes do livro Pedagogia Espírita de José Herculano Pires.

Para Herculano, a educação é universal e seus objetivos são os mesmos em todas as épocas e em todas as latitudes da Terra.

Na obra “História da Filosofia no Brasil”, o autor Jorge Jaime, afirma que a história da

filosofia brasileira já possui o filósofo do espiritismo, e esse foi, indiscutivelmente,

José Herculano Pires, embora seja também considerado “o pai da educação espírita”,

por ter sentenciado: “o educando é um reencarnado”. Na verdade, suas atividades e contribuições se estendem por diversas áreas, dificilmente resumíveis num rápido estudo.

Herculano lançou sua primeira obra aos 16 anos, Sonhos Azuis, um livro de contos. Profissionalmente, a área em que mais atuou foi a de jornalista e trabalhou até a sua aposentadoria nos Diários Associados, onde exerceu diversas funções, inclusive a de

Redator.

Durante 20 anos manteve uma coluna diária sobre espiritismo nos Diários Associados, com o pseudônimo de Irmão Saulo. Durante quatro anos manteve no mesmo jornal uma coluna em parceria com Chico Xavier sob o título "Chico Xavier pede Licença".

Destacou-se como cronista parlamentar; representante civil da Presidência da República, em São Paulo no governo de Jânio Quadros e presidiu o Sindicato dos Jornalistas (1957 a 1959).

Quanto à sua vida espírita, ele relata: “Nasci em família católica e permaneci assim até os 15 anos. Quis opor-me à velha geração e negar os seus valores. Cheguei a ser materialista. Por fim, tocado por certos fenômenos que ocorriam, não comigo, mas com pessoas de minha família, percebi de novo a realidade de algo transcendente na natureza humana. Tornei-me teosofista. Não queria saber do Espiritismo, que por minha formação considerava um amontoado incoerente de superstições. Um dia, um amigo, Dadício de Oliveira Baulet me desafiou a ler “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec. A contragosto aceitei o desafio e o estou lendo e estudando até hoje. Tornei-me espírita pelo raciocínio. Isso ocorreu em 1936, eu tinha então 22 anos.”

Defendia a moral espírita clara, racional e isenta de hipocrisias, que busca o resgate do homem natural: “não se identifica o ser moral pela mansidão da voz, pelos gestos delicados e atitudes de santidade artificial. A herança divina do homem é natural e se desenvolve nas duras batalhas da carne. O ser moral só se distingue dos outros pela retidão de uma conduta escrupulosa e segura, não exagerada ou fingida, mas comedida e firme. O ser moral se define como tal pelo seu equilíbrio na balança das atitudes.”

A “Fundação Maria Virgínia e J. Herculano Pires” foi criada em 1970 com a intenção de homenagear um casal que sempre lutou na defesa e divulgação da doutrina espírita. Maria Virgínia era esposa de Herculano Pires e filha de pais espíritas praticantes, portanto, sempre esteve ao lado de Herculano no trabalho da verdadeira doutrina espírita.

Herculano compreendia as faculdades mediúnicas do homem de maneira abrangente.

Seguindo as pegadas de Kardec, para quem, pela inspiração, “pode-se dizer que todos

são médiuns”, o filósofo espírita brasileiro entende que: “a vida é uma permanente

manifestação mediúnica do Espírito que, por ela, se projeta no plano sensível ou material”.

Centra-se assim, no educando, qualquer proposta educacional espírita: “a criança é o ser que se projetou na existência, furando a barreira da morte para atingir a transcendência. Vem ao mundo com sua maleta invisível, carregada de suas aquisições anteriores em vidas sucessivas”.

A sua linha de pensamento era forte e racional, combatendo os desvios e mistificações, sendo a maior característica do conjunto de suas obras a luta por demonstrar a consistência do pensamento espírita e defender a valorização dos aspectos crítico e investigativo originalmente propostos por Kardec.

Defendia o conceito de pureza doutrinária, segundo o qual era preciso preservar a doutrina de todo tipo de influência mística, esotérica ou meramente cultural religiosa.

Criou e dirigiu a revista Educação Espírita, que a despeito do pequeno número de edições, mantém-se ainda hoje como uma das mais importantes contribuições ao tema na nossa literatura.

Em 1949, Herculano fez parte do recém-criado Departamento de Educação da USE, onde projetou e convocou o I Congresso Educacional Espírita Paulista, um congresso pioneiro no Brasil. Fundou o Comando Jornalístico do Diário da Noite, sendo que em 19 de abril de 1949, a primeira série de reportagens foi publicada: “Há ou não fenômenos espíritas em São Paulo?”.

No Instituto Espírita de Educação, em São Paulo, foi secretário da 1ª diretoria, eleita em 1949, onde eram realizadas experiências de renovação educacional, instituindo um sistema experimental de ensino integrado que era divulgado pelo jornal O UNIVERSITÁRIO ESPÍRITA (1955), cujos primeiros trabalhos de Pedagogia Espírita foram de nossa autoria.

Em meio às múltiplas militâncias de Herculano, destaca-se o seu engajamento na Campanha da Defesa da Escola Pública, no virar da década de 50 a 60. Herculano defendia a seguinte posição: “não podemos ter educação sem religião”.

Inaugurou o primeiro curso sobre Pedagogia Espírita no mundo (ministrado em 1970, no educandário Pestalozzi, em Franca, a convite de Tomás Novelino). Fundou e dirigiu a Editora Paidéia (1976).

Expunha as idéias que vivia existencialmente e soube também exprimi-las de maneira poética, convocando os espíritas a assumirem uma posição ativa e engajada neste mundo: “a mente humana se abre neste século para o conhecimento racional dos problemas espirituais. Chegou o momento do Consolador prometido pelo Cristo. Os pais espíritas precisam compreender isso e iniciar sem temor os seus filhos na doutrina que lhes garantirá tranquilidade e confiança na vida nova que iniciam”

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Ed–16–Programação

ÁREA EDUCACIONAL

CURSO DE INFORMÁTICA BÁSICA I 
4as feiras das 19h30 às 21h
sábados das 10h às 11h

CURSO DE INFORMÁTICA: INTRODUÇÃO À INTERNET
3as feiras das 19h às 20h30

Os cursos de informática proporcionam a inclusão digital do aluno, permitindo acesso à internet.

CURSO DE INGLÊS BÁSICO I
2as feiras das 20h às 21h

CURSO DE INGLÊS BÁSICO II
4as feiras das 18h50 às 20h 
Os cursos de inglês oferecem uma aproximação com a língua inglesa abrindo portas para um mundo globalizado.


CURSO DE ALFABETIZAÇÃO PARA ADULTOS – Oficina de leitura e escrita
3as, 4as e 5as feiras das 14h30 às 16h30

Proporciona a educação básica através do conhecimento das letras e da leitura com interpretação de textos. 

ÁREA DOUTRINÁRIA

CURSO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO
Oferece ao aluno conhecimentos básicos da doutrina espírita, para que ele possa ingressar nos cursos de Educação Mediúnica ou de Evangelho.
4as feiras das 20h às 21h30
Profs. Helga/Lúcia

CURSO DE DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO MEDIÚNICA
Visa educar e treinar o médium através de estudo e do exercício da prática mediúnica, proporcionando segurança no processo das manifestações espirituais. 4as feiras
1º ano - das 20h às 22h - Profs. Glaucia/Amilton
2º ano - das 20h às 22h - Profs. Sílvia/Andrea


CURSO: CONHECENDO E ENTENDENDO O EVANGELHO

O curso dá a base para a análise do Evangelho, sobre o prisma científico, filosófico e ensina a colocar em prática, no dia a dia, os ensinamentos de Jesus.
4as feiras das 20h às 21h30
Profs. Sônia/Adriano/Humberto

CURSO DE EDUCAÇÃO ESPÍRITA PARA INFÂNCIA E JUVENTUDE
(EVANGELIZAÇÃO)

Sábados das 10 às 11h30 (das 10h às 11h: palestra e passe, aberta ao público)
Faixa etária: 3 a 18 anos
Inscrições permanentes


ATENDIMENTO FRATERNO

Destinado a qualquer pessoa que procure a casa espírita. Visa esclarecer e orientar, de forma preliminar, sobre o contexto espírita, além de encaminhar para atividades e atendimentos segundo suas necessidades.
2as e 5as feiras às 20h e 4as feiras às 13h

PALESTRAS E PASSES
2as e 5as feiras às 20h
4as feiras às 12h
Sábados às 10h

ÁREA FILANTRÓPICA


CURSO PARA GESTANTES
Com o objetivo de informar e acolher a gestante, o programa do curso é apresentado em seis encontros por uma equipe multidisciplinar voluntária, composta por profissionais das áreas de psicologia, nutrição, pedagogia, serviço social, educação, fisioterapia e enfermagem.

Quartas, 15h às 17h (reinício em março de 2012).

ENCONTRO COM PEDIATRA

O encontro tem o objetivo de incentivar o aleitamento materno e tirar dúvidas das mães que já fizeram o curso de gestantes. (verificar agenda na área filantrópica).

OFICINA DE COSTURA, TRICÔ E CROCHÊ

Cursos gratuitos para confecção de casaquinhos e mantas para compor o kit enxoval do bebê; produção de peças para o bazar interno.
Terças e quintas, 14h30 às 16h30

OFICINA DE ARTESANATO
Cursos gratuitos de pintura e decoupagem em madeira; produção para o bazar interno.
Terças e quinas, 14h30 às 16h30

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Ed-16–Palestras

palestras1 cópia

palestras2 cópia

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Ed–16–Importante

Por Rafael Dourado

Foi realizada no último dia 22 de outubro, na sede do IEE, a assembléia geral de associados que elegeu o conselho deliberativo e a diretoria executiva do IEE para o período 2012/2013.

Presidente do conselho deliberativo: Osvaldo Coltri
Filho, que também fará parte do conselho fiscal.
Os demais membros titulares serão:
Adalberto Garcez Lopes
André Steagall Gertsenchtein (conselho fiscal)
Aldo Colasurdo (vice-presidente do conselho deliberativo)
Andrea Rejane dos Santos
Débora Parada Cabral
Fernande Iskandar Pallis Abdel Hack
Geny Gonçalves de Oliveira
Glaucia Savin
Helga K. Doin Vieira (cons. fiscal e comissão doutrinária)
Hugo Cabral Filho
José Rodriguez Neto - Passarinho
Laura Moretti
Liva Gandolfo
Luiz Carlos Molini
Nello Garbini
Rubens Dias
Sonia Blumer (comissão doutrinária )
Sueli Inês Arruda Issa (comissão doutrinária )
Vera Maria Villares Mallet
Waldercy Esteves Junqueira

Presidente da diretoria executiva: Maurício Ferreira
Agudo Romão, sendo composta também por:
Vice Presidente: Rafael Berlese de Matos Dourado
Diretora da área de educação: Maria Inez B. de Araujo
Diretora da área doutrinária: Sandra M. Mello Dourado
Diretora da área filantrópica: Esterlita Moreira
Diretor financeiro: Luiz Carlos Vieira Palma
Vice Diretor financeiro: Sergio Cassano
Diretor de patrimônio: Dálvaro G. Spínola
1ª Secretária: Lúcia Maria da Silva Andrade
2ª Secretária: Cláudia Gugliotti Suelotto Garbini

Parabenizamos a todos os membros do conselho deliberativo e da diretoria executiva, desejando-lhes saúde, harmonia e disposição para trabalharem unidos pelo contínuo desenvolvimento do IEE.
Agradecemos o comparecimento dos associados neste processo eleitoral, solicitando o seu engajamento e participação ativa no dia a dia da instituição, possibilitando a melhoria contínua de todos os trabalhos.

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Ed–16–Vai acontecer no IEE

por Esterlita Moreira

Natal

Campanha de natal

IEE promove mais uma vez a Campanha das Sacolinhas de Natal, beneficiando crianças e adolescentes das instituições participantes dos projetos educacionais e filantrópicos.

Vale registrar que a colaboração generosa dos padrinhos faz com que a campanha atinja seu objetivo mais nobre: solidarizarmo-nos com o nosso próximo.
A entrega das sacolinhas às crianças e adolescentes do Projeto Gestantes será realizada no IEE no dia 11 de dezembro às 11h com a participação do Papai Noel e do Coral Interlúdio.
As demais serão entregues nas respectivas instituições.

Encerramento dos cursos doutrinários

No dia 26 de dezembro, encerram-se as atividades de Educação Espírita para a Infância e a Juventude em 2011, retornando a partir do dia 3 de março de 2012.
As palestras doutrinárias aos sábados pela manhã serão realizadas até o dia 17 de dezembro, retornando no dia 14 de janeiro de 2012.
As palestras e passes, das 2ªs, 4ªs e 5ªs, serão realizadas até o dia 22 de dezembro, retornando no dia 9 de janeiro de 2012.
No dia 7 de dezembro, encerram-se as aulas do ano de 2011 dos cursos de Iniciação ao Estudo do Espiritismo, Desenvolvimento e Educação Mediúnica, Conhecendo e Entendendo o Evangelho.
Nesta ocasião haverá uma palestra especial, sobre o tema: O dom de curar: uma ação fluídica,
proferida pela Eliana Galassi, às 20hs, e depois uma confraternização entre os presentes.
Convidamos a todos os alunos, monitores, trabalhadores, frequentadores e conselheiros a prestigiarem este evento, fortalecendo a integração e a união entre toda a comunidade do IEE.

Encerramento dos cursos da área de educação

No dia 14 de dezembro, encerram-se as aulas do ano de 2011 dos cursos de informática, inglês e alfabetização para adultos.

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Ed–16–Aconteceu no IEE

Almoço à Italiana

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No dia dois de outubro, foi realizado o Almoço à Italiana em prol da Instituição Beneficente Nosso Lar. Mais de 170 pessoas prestigiaram esse evento filantrópico do IEE, que resultou numa arrecadação de 4.950 reais, que foram entregues diretamente a Sra. Tânia, diretora do Nosso Lar.
Nossos agradecimentos a todos que compareceram.

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Ed–16–Expediente

Uma publicação bimestral: IEE - Instituto Espírita de Educação
Versão online:
www.jornaldoiee.blogspot.com
Rua Leopoldo Couto Magalhães, 695 - Itaim
Bibi - SP - Telefone 11 31676333

Editor Chefe: Rafael Berlese de Matos Dourado
Coordenação: Karina Jaccard Jornalista Responsável: Bárbara Moreira (55.466/SP)
Revisão Geral: Sandra Maria Mello Dourado Diagramação: José Luiz Mendieta Filho

Presidente: Maurício Ferreira Agudo Romão
Vice-Presidente: Rafael Berlese de Matos
Dourado
Diretoria Doutrinária: Sandra Maria Mello Dourado
Diretoria de Educação: Maria Inez Batista Araujo Diretoria Filantrópica: Esterlita Moreira
Diretor de Patrimônio: Nello Garbini
Diretor Financeiro: Luiz Carlos Palma
Vice-Diretor Financeiro: Adriano Melito
Primeira Secretária: Lúcia Maria Silva de Andrade Segunda Secretária: Cláudia Garbini

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