Ed–17–Editorial


Lúcia Maria Silva Andrade
primeira secretária – IEE

A QUESTÃO DOS LIMITES E NOSSAS ATITUDES

Prezados leitores, começamos mais um ano de trabalhos, estudos e de muitos sonhos a serem realizados, mas quais são os nossos limites em relação ao que queremos?

Sugeri esse tema para nossa pauta (questão relacionada aos limites), porque, refletindo a respeito, o assunto é atual e envolve a nós mesmos, desde nossa intimidade até o meio em que vivemos.

Desde o momento em que abrimos nossos olhos de manhã até quando vamos dormir, queiramos ou não, tomamos decisões éticas. Não interessa o papel, posição social, cultural e o dinheiro que se possui. Depende de como nosso coração é feito. Também o coração, para continuar apaixonado, limpo, íntegro, precisa de cuidados constantes.

Querem um exemplo prático do que estou citando? Sempre se pensou que o mundo empresarial deveria estar desvinculado dos valores espirituais. Considera-se normal que, quem dirige, tenha poder de controlar seus subordinados. Na empresa precisam ser duros e cruéis, mas na família são bons e compreensivos. Será possível?

Sabemos que a personalidade deve ser verdadeira: não se pode ser bom em um lugar e mau em outro. Seria hipocrisia. Deveríamos viver tendo em mente que Deus existe dentro de cada um de nós. Portanto, para quem crê e tem uma responsabilidade – e todos têm, não pode haver mais dúvida.

Deve-se trabalhar (em qualquer área), sempre, com paixão e dedicação, realizar os próprios talentos e facilitar o dos outros.

Quando pensamos apenas em nós mesmos, limitamos nossas energias o que causa pouca produtividade (de sentimentos, de ações).

Jesus sabia que se tivéssemos a postura de “homens pequenos” (egoístas, manipuladores), não atingiríamos a evolução necessária e tão almejada, por isso disse a seus discípulos que não modelassem a vida segundo a lógica pequena e miserável dos “homens pequenos”, que não usassem o poder para explorar e manipular os outros, mas que a colocassem a seu serviço.

Apesar de ninguém gostar de limites, estes são absolutamente necessários para a construção da felicidade, ninguém vive sem ser respeitado. E limites têm a ver com respeito, com consciência do espaço do outro, com sabedoria para lidar com questões emocionais, e até com a vida financeira.
Limites para a criação saudável de uma criança são fundamentais, porque crianças que podem tudo extrapolam sem saber no que dar valor, e o que respeitar. O amor exige limites, porque se não respeitarmos certas regras, por exemplo, nos doando demais ao outro, perdemos a nossa identidade, e a auto-estima.

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